A esposa do Presidente da República, Isaura Nyusi, encoraja a sociedade a abraçar as iniciativas de angariação de víveres para apoiar as vítimas do terrorismo na província de Cabo Delgado. O apelo foi feito sexta-feira em Maputo momentos depois de receber um donativo da Igreja Universal do Reino do Deus (IURD).
Na ocasião, Isaura Nyura considerou importante a solidariedade de moçambicano para moçambicano, até porque esta foi determinante para a mitigação, em tempo útil, dos impactos dos fenómenos naturais, como cheias e ciclones, que devastaram algumas regiões do país.
Qualificou como generosa a contribuição dos membros da IURD e apelou para que mais iniciativas do género sejam abraçadas por outras confissões religiosas e organizações da sociedade civil.
No seu entender, a IURD, ao organizar a angariação de apoios, demonstra mais uma vez o seu espírito de irmandade e amor para com a população deslocada em Cabo Delgado.
“Trata-se de um gesto de grande magnitude, revestido de humanismo, o qual agradecemos e apelamos às pessoas de boa-fé para que busquem inspiração neste nobre exemplo de solidariedade”, apelou.
Acrescentou que é necessário abraçar iniciativas do género em apoio às camadas vulneráveis e necessitadas de modo a proporcionar-lhes condições condignas para enfrentarem o futuro com auto-estima e esperança.
Por seu turno, José Guerra, presidente da IURD, disse que a iniciativa enquadra-se nos esforços desta congregação de assistência humanitária às vítimas do extremismo violento na província nortenha de Cabo Delgado.
Explicou tratar-se de uma iniciativa lançada em finais do ano passado que permitiu a angariação de 47 toneladas de alimentos não perecíveis. “Com este gesto, estendemos a mão em apoio às vítimas do extremismo violento porque, afinal, é responsabilidade de cada um dos nós, cumprindo, deste modo, a palavra de ordem segundo a qual amar ao próximo como ama a si mesmo”.
Para José Guerra, é necessário investir na solidariedade e apoio ao próximo, resgatando, deste modo, a característica típica dos moçambicanos, “pois somos todos filhos da mesma pátria que devemos responder ao chamado do nosso coração. Aliás, os nossos valores devem ser ligados pelo vínculo do amor, amizade e do afecto”.
