Quadros da Defesa formados em altos estudos militares apresentaram a sua prontidão para a guerra e paz ao Presidente da República e Comandante-chefe das Forças de Defesa e Segurança, Filipe Jacinto Nyusi, durante a cerimónia de encerramento de cursos de diferentes especialidades no Instituto Superior de Estudos de Defesa (ISEDEF) “Tenente- General Armando Emílio Guebuza”, esta sexta-feira.
A cerimónia mais de
cunho académico e
sem as habituais paradas
próprias dos
cursos básicos e de graduação das academias, foi,
igualmente, um momento de
celebração dos cinco anos de
existência formal do Instituto
Superior de Estudos de Defesa.
Embora tenha iniciado as
actividades de formação um
ano antes, aquela instituição
militar de ensino superior foi
formalmente criada através do
Decreto n.º 60/2011, de 18 de
Novembro.
Dirigindo-se aos finalistas, o
Presidente Nyusi realçou que a
formação e os cursos ora terminados
dotaram os formandos de
ferramentas importantes para
terem capacidade de alinhar
com mestria com as matérias
aprendidas e a constante prontidão
para cumprir com as missões
mais complexas.
“Caros formandos, para
além das tradicionais ameaças
contra a nossa soberania,
o fenómeno que se vive
hoje na região, no mundo e
em especial no nosso país,
caracterizado por actos de
violência, tráfico de drogas e
de pessoas, entre outros métodos,
remete-nos a repensar
nos processos formativos” –
realçou o Chefe de Estado, para
quem a questão da defesa e segurança
deve ser vista de forma
global.
Com efeito, o Presidente
Nyusi expressou a sua convicção
de que a formação adquirida
possa permitir que aqueles
oficiais compreendam melhor
a essência de coordenação no
seio das FDS.
“Passam igualmente a valorizar
a tecnicidade no uso
dos meios, assim como no
recurso às novas tecnologias
para tornar mais eficientes
os meios humanos disponíveis,
proporcionando uma
resposta mais sincronizada
entre o Homem, a ciência e
as tecnologias, optimizando
assim a capacidade de intervenção”,
ajuntou o Comandante-
chefe.
Na cerimónia de encerramento
dos cursos em altos
estudos militares, Nyusi não
deixou de expressar a sua mensagem
de paz cuja responsabilidade
recai directamente sobre
as forças de defesa e segurança,
nos seguintes termos.
“Ao ministrar estes cursos
que formam oficiais impregnados
aos novos horizontes
sobre a sua missão como
membros das forças de defesa
e segurança, conscientes
da complexidade do contexto político geográfico e estratégico
em que devem actuar,
o ISEDEF coloca-se na rota
para o alcance do desiderato
de uma paz nacional estável”.
CENTO E DEZASSETE
OFICIAS FORMADOS
Um total de 117 oficiais foi
formado nos diversos níveis e
especialidades durante o ano
académico de 2016 encerrado
sexta-feira com o testemunho
do Comandante-chefe, Filipe Jacinto
Nyusi.
Num informe prestado na
ocasião pelo ministro da Defesa,
Atanásio Salvador M´Tumuke,
foi assinalado que chegavam
ao fim o III Curso de Altos Comandos,
com 11 finalistas, III de
Estado-Maior Conjunto, com 29
participantes, o IX de Adequação
de Quadros, que abrangeu
39 formandos e VI Curso de
Promoção de 38 Oficiais Superiores.
Para o titular da pasta de
Defesa Nacional, o encerramento
destes cursos visa fundamentalmente
cumprir com um
dos quatro pilares do sector da
defesa, o de formação, o que,
no seu entender, irá aumentar
significativamente a qualidade e
quantidade dos oficiais das Forças
de Defesa de Moçambique
na vertente de comando, chefia,
administração e liderança e permitir
a consolidação do comando
das tropas.
“É neste contexto que
o Instituto de Estudos de
Defesa Tenente-General Armando
Emílio Guebuza vem
cumprindo o programa de
formação e estratégia militar
para responder à demanda
da actual conjuntura nacional
e internacional”, frisou o
ministro.
Texto de Francisco Alar
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