Margarida Talapa, da Frelimo, disse na sua intervenção que a sua bancada está disponível a debater uma eventual proposta de revisão eleitoral da Renamo desde que a mesma seja despido do espírito de força.
“Não receiem trazer o vosso projecto a debate desta Casa do Povo. Não podemos garantir que a Assembleia aprovará o Projecto tal como o depositarão. Uma garantia pode ser registada, aqui e agora: o vosso projecto será considerado prioridade de debate nas comissões de especialidade e só não serão consideradas com validade as proposições que forem motivadas pela lógica da força. As posições utilizando a força, essas, não recearemos contra elas votar. Mas, aquelas que vierem imbuídas de boa-fé, usando a força da lógica, não teremos como não encontrar formas de acomodá-las”, disse Margarida Talapa, para quem a democracia parlamentar é construída, apenas com a força da lógica e não com a lógica da força.
Sublinhou que dos diversos quadrantes do País, os moçambicanos independentemente de crenças religiosas, organizações da sociedade civil, partidos políticos, académicos e órgãos da comunicação social ergueram as suas vozes, reiterando que a Paz é uma condição fundamental para que os progressos alcançados nas frentes política, económica, social e cultural, se consolidem e se traduzam na prosperidade e bem-estar de todo o Povo moçambicano.
“A paz que almejamos alicerça-se no diálogo, na tolerância, na reconciliação, na solidariedade e na construção de consensos em torno das questões fundamentais da vida do país. Os moçambicanos não merecem continuar a ouvir discursos e atitudes atentatórias à paz, venham eles de onde vierem. Não acreditamos que esses discursos sejam da autoria do “pai da democracia”. Até lhe ficariam mal! Apelamos aos que preparam esses discursos ou aos que o obrigam a pronunciá-los, que assumam que fazem mal à sua Pátria e aos seus compatriotas”,disse Talapa, sublinhando que ninguém deve viver num ambiente de incerteza.
Para Talapa, no dia 20 de Novembro próximo, o país vai viver mais um momento de festa com a realização das quartas eleições autárquicas, uma oportunidade para os cidadãos exercerem o seu direito de escolher os seus dirigentes e os melhores programas para o desenvolvimento dos seus municípios.