Apesar de a taxa de transmissão vertical do HIV ainda ser alta, Moçambique continua a registar progressos significativos, designadamente, “a redução da taxa de transmissão de mãe para filho de trinta e três por cento, em 2010, para dez por cento, em 2022, e esperamos alcançar uma taxa menor de cinco por cento até 2025, como previsto no Plano Estratégico Nacional de Resposta ao HIV e SIDA 2021-2025”. Esta informação foi avançada pela esposa do Presidente da República, Isaura Nyusi, durante a sua participação, ontem, na vigésima segunda Conferência Internacional sobre SIDA e Infecções de Transmissão Sexual em África.
O evento, subordinado ao lema “Abordando a Eliminação da Transmissão de Mãe para Filho e a Eliminação de Novas Infecções em África”, reuniu, em Harare, Zimbabwe, as primeiras-damas e parceiros, para uma reflexão mais aprofundada e envolvente sobre a SIDA na criança.
De acordo com dados avançados por Isaura Nyusi, esta redução no nosso país resulta da expansão dos serviços de prevenção da transmissão vertical para mais noventa e cinco por cento, e das unidades sanitárias do Serviço Nacional de Saúde, o que permite que “mais mulheres grávidas tenham acesso ao aconselhamento e testagem do HIV; mais mulheres grávidas sejam testadas e conheçam o seu estado em relação ao HIV; e que mais mulheres grávidas positivas para o HIV façam o tratamento anti-retroviral e alcancem a supressão viral”.
Citou igualmente ganhos, como “a redução de 26% no número de novas infecções pelo HIV, nas adolescentes e mulheres jovens dos 15 aos 24 anos, entre 2019 e 2022, o que contribuiu para a redução da taxa de transmissão vertical”. Acrescentou que, neste processo, é valorizado o trabalho multissectorial, que envolve os sectores público e privado, a sociedade civil e diferentes parceiros.
Através do seu gabinete, a primeira-dama comprometeu-se a continuar a apoiar programas e campanhas, que promovam intervenções estruturais e sociais, a destacar: “O Programa ‘Eu Sou Capaz’, que visa a retenção da rapariga na escola de modo a completar o ensino secundário; a Campanha Nacional para a Eliminação de Uniões Prematuras; o Programa de empoderamento das raparigas e mulheres jovens, através de formação vocacional e sobre empreendedorismo e ligação a oportunidades de emprego, e a Campanha Nacional de Prevenção e Combate à violência baseada no género, no geral, e a violência por parceiro íntimo, em particular”.
Garantiu a existência de ferramentas e conhecimento “para eliminarmos a transmissão vertical”, entre as quais a promoção da igualdade de género e a remoção das barreiras que impedem mulheres e mães de aceder e usar os serviços de prevenção e tratamento de HIV, citou. (fim)