A Comissão Política da Frelimo encorajou, semana passada, o governo a manter a disponibilidade para o diálogo com a Renamo e trabalhar para viabilizar um encontro entre Armando Guebuza e Afonso Dhlakama, na cidade de Maputo, com vista à cessação imediata dos ataques, desarmamento incondicional e reinserção social dos homens armados da Renamo.
Este encorajamento foi decidido, última quinta-feira, na 20ª Sessão Ordinária da Comissão Política, o mais alto órgão da Frelimo entre os congressos.
Num comunicado emitido no fim da sessão, a Comissão Política condena a Renamo pelo que chama “manobras dilatórias da Renamo, de impor, sistematicamente, pré-condições, em sede de diálogo com o Governo, e de desencadear acções armadas, demonstram a falta de consideração ao povo, falta de respeito pela Constituição da República de Moçambique e de mais leis, e pelas instituições democraticamente constituídas”.
Por outro lado, a Comissão Política saudou Armando Guebuza pelas presidências abertas e inclusivas que realizou às províncias de Inhambane, Gaza, Cidade de Maputo, Tete e Manica, e reiterou “o encorajamento ao Chefe do Estado para prosseguir” com aquelas acções, que “manifestam o seu comprometimento na consolidação da Unidade Nacional, preservação da paz e construção do Estado de Direito Democrático, factores fundamentais para o desenvolvimento do nosso país”.
Recorde-se que o último pronunciamento do porta-voz da Renamo, António Muchanga, Dhlakama sairá nas matas apos consenso no diálogo político.