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A ausência de Mahamudo Amurane, membro da Comissão Política e edil da cidade de Nampula, cidade que acolheu a reunião de alto nível do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), será analisada na próxima sessão ordinária que deverá decorrer até ao fim do próximo trimestre, segundo referiu Lutero Simango, um dos membros da direcção daquela agremiação política.
A cidade de Nampula acolheu nos dias 19 e 20
de Fevereiro corrente a reunião da Comissão Política
do MDM que tinha como objectivo três temas
fundamentais, nomeadamente, Modernização do registo
dos membros do partido, Avaliação do grau de
preparação do II Congresso e Situação política do
país, segundo deliberação do Conselho Nacional que
teve lugar em Chimoio de 16 a 17 de Julho de 2017.
Entretanto, a reunião foi marcada pela ausência
de Mahamudo Amurane, membro da Comissão Política
e anfitrião do evento na qualidade de presidente
do Conselho Municipal da chamada “capital
do Norte”.
Para perceber os contornos e o alcance da ausência
daquele membro do partido, domingo procurou
ouvir a reacção do secretário-geral, Luís Boavida,
que declinou fazer qualquer tipo de declaração alegando
não ser membro do órgão que esteve reunido,
embora estivesse convidado.
Assim sendo, o nosso jornal ouviu Lutero Simango,
membro da Comissão Política e chefe da bancada
do partido na Assembleia da República, que
tratou de dizer que o assunto merecerá a devida
avaliação em fórum próprio.
“Em qualquer organização social ou política
há sempre ausências. No caso em apreço não tenho
informação suficiente, pelo que não posso
comentar o que não sei. Ele esteve ausente sim
e só na próxima sessão quando nos reunirmos é
que serão analisadas as faltas e as respectivas
justificações e aí saberemos as razões que ditaram
o seu boicote e as consequências que irão
recair sobre ele”, disse Lutero Simango ressalvando
que a reunião de Nampula circunscreveu-se ao
cumprimento do programa de actividades daquele
partido.
A uma pergunta de insistência sobre que consequências
directas recairiam sobre o membro faltoso,
a nossa fonte referiu que não tinha detalhes sobre
o sucedido em virtude de na véspera ter estado
em visita à República Popular da China integrado na
comitiva da presidente da Assembleia da República.
“Não sei exactamente o que é que aconteceu
uma vez que regressei da China na noite de sábado
e logo no dia seguinte fui-me juntar aos
outros em Nampula, pelo que não tenho elementos
suficientes para me pronunciar sobre o assunto,
mas sei que vamos analisar a questão na
próxima sessão do órgão”, disse Simango.
Sobre se Amurane não seria alvo de sanções à
luz dos estatutos do partido, Lutero Simango respondeu
nos seguintes termos: “Não vamos colocar
a carroça a frente dos bois. Como disse, não
tenho elementos para comentar esse assunto,
pelo que não posso especular”.
Refira-se que o congresso está agendado para
decorrer de 5 a 8 de Dezembro próximo na cidade
de Nampula que levou a melhor sobre as outras
duas cidades concorrentes, nomeadamente, Guruè e
Quelimane, que também estão sob governação autárquica
do MDM.
Compõem a Comissão Política deste partido Daviz
Simango, Lutero Simango, Alcinda da Conceição,
Venâncio Mondlane, Agostinho Ussore, Alberto Nota,
José Manuel Domingos, Albano António Carige, Lourenço
Impissa, Mahamudo Amurane, Maria Moreno
e Judite Macuácua.