“Quero, pois, que os homens orem, em todo o lugar, levantando as mãos santas, sem ira nem contenda” 1Timóteo 2:8
O apelo vai para quem condiciona a nossa liberdade de circularmos pelo país adentro, cujo prazo por si fixado de sessenta dias expira no próximo dia 31 de Março, ao se julgar espécie de “deus todo-poderoso”, senhor das nossas vidas, apelo para escutar uma parte da opinião de Keth Augustine, um pensador contemporâneo e proeminente director executivo e editor daInternet Infidels,uma organização sem fins lucrativos com sede nos EUA, com o objectivo de difundir a cosmovisão de que as entidades e forças sobrenaturais não existem, e que vale apenas vivermos a vida livres. Passo a transcrever: “Na escala do tempo da história da Terra a vida de um ser humano é um mero piscar de olhos. Nascemos, vivemos e morremos – e então não mais somos “lembrados”. A morte é como um sono sem sonhos do qual nunca acordamos, nossa consciência suprimida para sempre [1]. Se esta vida é tudo o que se apresenta, qual é o seu sentido? Se estamos todos fadados a morrer de qualquer forma, que diferença faz o que fazemos nossas vidas? Podemos influenciar as vidas de outras pessoas, mas elas também estão condenadas à morte. Em algumas poucas gerações a maioria das nossas realizações será totalmente esquecida, a memória de nossas vidas reduzidas a um mero nome entalhado numa lápide ou escrito numa árvore genealógica. Em alguns séculos até nossas tumbas se tornarão ilegíveis pela acção do tempo, restos de ossos serão tudo o que restará de nós. Excepto pela fossilização, até estes ossos serão desintegrados e nada de nós restará”. Fim da transcrição.Concordo plenamente com Keith Augustine. E, tendo consciência de que todos somos um produto com o prazo de validade e durabilidade determinados, não gosto por isso de comemorar o dia do meu aniversário porque essa data lembra-me que o prazo da minha validade como pessoa pensante está prestes a atingir o seu término. A única consolação que me alivia desse temor é ver todos os dias a viúva do meu falecido pai, pessoa responsável por me ter trazido ao mundo, que ainda se mantém de pedra e cal, apesar de estar próximo de completar um século de existência, apresenta-se ainda que de pele do corpo engelhada mas, com o mesmo brilho e brio (expressão de honra e dignidade) na cara. E também é por isso que grande parte das minhas refeições é composta de vegetais, produtos sem validade marcada. Devido à intemporalidade do seu impacto, algumas frases ou dizeres imortalizaram os seus autores. São frases ou dizeres que se soltam do espaço temporal onde foram proferidas e viajam fora do tempo, adequando-se a novas circunstâncias e lugares. Outro proeminente pensador que também vale apenas ser lembrado foi Jean-Jacques Rousseau, teórico político e escritor suíço, considerado um dos principais filósofos do iluminismo, tendo as suas ideias influenciado a Revolução Francesa, acontecida no século XVIII, (1789). Ele disse um dia: “O Homem nasceu livre e por toda a parte vive acorrentado”.E Rousseauconcluiu: “Um determinado indivíduo acredita-se Senhor dos outros, mas não deixa de ser mais escravo do que eles”. Portanto,Rousseau acreditava que aqueles que condicionam a liberdade dos outros não são mais livres e felizes do que os seus condicionados. Porquê então este senhor (ou senhores) condiciona a nossa liberdade? Termino transcrevendo o “ último discurso do Grande Ditador”, de Charles Spencer Chaplin, mais conhecido como SHARLOT, que foi um actor, director, produtor, humorista, empresário, escritor, comediante, dançarino, roteirista e músico britânico, “Todos nós desejamos ajudar uns aos outros. Os seres humanos são assim. Desejamos viver para a felicidade do próximo – não para o seu infortúnio. Por que havemos de odiar e desprezar uns aos outros? Neste mundo há espaço para todos. A terra, que é boa e rica, pode prover todas as nossas necessidades”.Dizer mais o quê?
