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Todas as opções em aberto

Por admin

O povo falou que deseja a paz, mas por culpa do líder da Renamo as posições estão extremadas, e não me venham falar em militarização do estado.

Desconheço o termo aplicado à realidade moçambicana, mas o que pude constatar é o que está aos olhos de todos, que o estado de direito vem sendo atacado, pelo mesmo  líder político partidário, que mais uma vez está fazendo uso da sua  milícia armada ilegal, para chantagem política.

O banditismo armado em Moçambique é todo ele  resultante da amoralidade e  maquiavelismo ao serviço da política, interpretado por um assassino transvestido de político, contudo uma excessiva passividade da autoridade perante o fenónemo, pode confundir o cidadão menos atento, e desgastar a imagem governativa.

Quando se fala em dialogar com alguém que usa o terrorismo para atacar alvos nacionais, a posição do estado e do partido da governação perante o cidadão comum fica fragilizada.É o mesmo que consagrar o crime e o criminoso, porque efectivamente neste momento Afonso Dlhakama é um criminoso, um foragido da justiça.A situação cria enorme embaraço e fracturas sociais de opinião, porque mesmo escondido Dlhakama continua a  usar as mesma fontes para enviar recados de desafio ao poder constituido, e o governo como gestor do estado deve  por excelência ser o garante da estabilidade.As fracturas baseadas no pressuposto passam à desconfianca ao poder constituído, e podem contribuir para erosão do eleitorado do partido do governo, assim como para a abstenção.

E quando se fala em diálogo, a priori à questão que se coloca, é qual seriam os termos do diálogo,sabendo que o pomo da discórdia é inexequivel e imaterializável à luz da  Constituição da República?.Cedências… Nunca!Temos a lei natural e a  razão, as FDS para uma acção dissuasiva de carácter definitivo contra as forças residuais da Renamo, até a total  pacificação do pais.

Um governo deve saber estabelecer a ordem.A prossecução da politica de coerção para recolha de armas deve continuar,  bem como o reforço das instituições do estado democratico de direito.Que seria de um estado tolerante face à barbárie?Seria um convite aos adversários da República para reforço da desestabilização.A violência do estado é soberana, porque legitimada da Lei, e o Estado soberano moderno define-se pelo monopólio do uso da força.

Não posso por isso  deixar de manifestar a minha insatisfação àqueles que por terem conseguido um status sócio económico, hoje alheiam-se de barriga cheia aos acontecimentos, apontando o dedo para o lado errado,permitindo inclusive que o nosso presidente, seja ofendido por um jornalzeco de lixo, como já acontecera no passado a outro presidente.

Sempre que o executivo usa coerção,vozes dissonantes se levantam.Diz-se tanta coisa, muito ruido que de certa maneira omite a natureza inconsequente e desinteressada.

A Constituição não é estática, tendo havido várias revisões, para que esta se adequar ao presente, mas não vai haver uma revisão pelo facto de Dlhakama ter perdido as eleições, nem para acomodar as sua exigências.

O que importa aqui debater é que as forças residuais da Renamo há muito deveriam estar desarmadas conforme manda a Lei,sendo uma desculpa esfarrapada dizer que as remanescentes forças fazem parte da segurança do seu presidente.Éque segundo o AGP, estas deveriam ser substituidas pela Policia de Moçambique, logo após as primeiras  eleições democráticas.E para além de que havia sido estabelecido um subsídio para essas pessoas durante 18 meses, para a sua reinserção social.

Com que finalidade a Renamo foi recrutando jovens, mesmo depois  do AGP ter prescrito?

No momento em que a economia nacional por contágio da economia global não consegue crescer, e as dívidas soberanas dos estados com tendência a agravar,a realidade da seca em várias províncias de Moçambique,assim como baixa de produção,e aumento das importações, queda brusca do metical face ao dólar, o aumento do custo de vida, o extremismo, as idéias neotribalistas, e o separatismo, constituem um desafio a todos nós, que escolhemos a democracia.Temos de escolher o mal menor, e apoiar a decisão do presidente Filipe Nyussi, mesmo que este decida pela opção militar, que face às circunstâncias seria um mal menor à sucessiva ameaça à economia, e ao bem estar sócio político.

 Afonso Dlhakama foi guindado para a política com a arma apontada à Frelimo, e o seu compromisso com a democracia via AGP uma farsa, porque desde o inicio  apostou numa estratégia de alianças  com inimigos figadais do partido Frelimo, governo e da soberania nacional de Moçambique, que o vão suportando com o objectivo de dificultar a govenação até a um   hipotético  derrube do poder.Contudo alianças valem o que valem ,a minha aliança é  com o partido Frelimo  de que sou membro, e com o povo moçambicano de que sou parte integrante e o seu estado.Acho que fui suficientemente claro nas várias análises neste mesmo espaço, sobre a teia da conspiração movida contra o governo de Moçambique e o seu povo;de entre os conpiradores encontram-se alguns que dizem ajudar a reforçar a democracia e a boa governaçao, mas que na verdade são carrascos das democracias.Se a crise do capitalismo explica este sucessão de ataques à soberania devido aos recurso naturais descobertos, não duvido, o que sei é que desde o proclamar da independência que o partido Frelimo, e o seu governo são alvos a abater da parte dos inimigos da soberania nacional.

Os governantes moçambicanos e o povo estavam certos, quando diziam que existe uma mão externa nesta embrulhada, provocada por Dlhakama.Já em 1994,na primeira legislatura saída das eleições  de 1994, a Renamo apresentou um projecto de lei, sobre a necessidade de se anular à Lei das Nacionalizações, bem recordado recentemente pelo general na reserva,e deputado Hama Tai, no parlamento. Um timhaka  pedagógico indespensável, àqueles com a memória curta.“`O que estaria  a acontecer se o parlamento tivesse anuído à proposta de Lei?

Será que seriam os moçambicanos a habitarem os prédios das nossas cidades ? 

Eu pergunto e que teria acontecido se o parlamento tivese anuído à proposta de autarquias provínciais, apressentada da Renamo, entretanto chumbada pelo parlamento ?Será que seriam os moçambicanos a governar essas províncias, ou o estado moçambicano perderia em definitivo o controlo das mesmas para mãos estrangeiras?

Dlhakama é apenas um testa de ferro, e ao manter a sua milícia armada ilegal em desafio à autoridade, para  prossecução da política de chantangem ao governo, merece a condenação da Nação moçambicana.Temos de enfrentá-lo unidos e munidos fortemente das nossas convições patrióticas e democráticas,que são a razão mais forte do que qualquer arma, que ele usa para matar os nossos concidadãos.

 Independente do quadrante político e do estatuo económico adquirido, somos parte neste desafio, sabendo que o  pomo da discórdia não nasce de um acaso,mas de um processo premeditado de contornos sombrios com início em 1994.O que nos orienta é a vontade do povo.Devemos estar atentos e vigilantes, porque nesta  já denominada crise política,sabemos  à partida que Dlhakama não está só, ele vem congeminando a idéia com os seus amigos estrangeiros, que com ele sonham desde a independência tirar o partido Frelimo do poder.A luta deve continuar contra os adversárioas  da soberania nacional.Certo que a soberania do país não está em perigo, mas a estabilidade do estado vive ameaçada, porque estado somos todos nós.E que não importa o quadrante político de cada um, somos moçambicanos, e sentimos que algo está errado, não apenas em política, mas no conceito que certas pessoas fazem da sucessão de problemas de enquadramento político, jurídico, e económico, que daí resulta, e a imagem do país que fica degradada.

Os moçambicanos são amantes da paz, e se tivemos de mergulhar o país na guerra contra o colonialismo, porque não podíamos continuar a viver como escravos no próprio país, também não podemos consentir que em plena democracia que escolhemos viver, que a segurança da família moçambicana e das comunidades no geral e o progresso económico, vivam hipotecados  pela ambição de um só homem, e o seu bando de rufias armados.

Unidade, paz e democracia

Inacio Natividade

PS.De lamentar a morte do arcebispo emérito da Beira, e mediador católico do AGP em Moçambique. (paz a sua alma)

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