Por Lo-Chi
L endo o Yuval Noah Harari, no seu livro “Sapiens de animais a deuses”, a um determinado passo deparei-me com o tema que ele designou de “A realidade imaginada”, onde diz: “Ao contrário da mentira, uma realidade imaginada é algo em que todos acreditam e, enquanto essa crença colectiva persistir, a realidade imaginada exerce força sobre o mundo”. E essa realidade imaginada tem por missão fazer com que todo mundo creia nela cegamente muitas vezes beneficiando determinados grupos dominadores da sociedade, tornando-nos incautos, perdendo, consequentemente, o senso crítico dessa realidade que parece intrinsecamente existencial, quando criada e sequer pensamos passível de alteração.
E uma das realidades criadas no nosso mundo é o sistema financeiro que foi evoluindo e afinado em benefício de um grupo cada vez mais elitizado, onde nos dá a sensação de inalterável obra de Deus e que nos fazem um favor. Meia dúzia de indivíduos, em face do aparente, faz e desfaz, e os negócios em que se envolvem, a sociedade pouco controla, fazendo sem risco nenhum, com toda a protecção do estado. E a nossa realidade moçambicana não foge à regra, nem aos tentáculos dessa face neoliberalista. Leia mais…
