Ao longo dos meus dezasseis anos como mestre de cerimónias de casamentos, conferências e seminários, tenho estado a ver e a aprender muita coisa. Aprendi, por exemplo, que cada evento tem a sua especificidade e a decoração da sala, das mesas, a maneira de servir e atender as pessoas, tem muito a ver com a alma. Sim, é preciso fazer as coisas com paixão para que sejam perfeitas.
Tenho estado a ver com tristeza algo que julgo não ser ético, que perdoem a minha ignorância neste campo. Tenho visto, principalmente nos casamentos e festas em que a ornamentação é feita por uma empresa ou mesmo por singulares que prestam esse tipo de serviços, que a meio do evento ou mesmo faltando três ou quatro horas para o seu fim, os serventes passam de mesa em mesa para retirar as capas (foros) das cadeiras, os panos de mesa e os seguradores de guardanapos, taças e enfeites. Essa acção dos serventes faz com que os convidados, todos sem excepção, a dado momento da festa ou casamento, se sentem em cadeiras sem capas, mesas sem toalhas e sem bases para os pratos.
Irritado com a situação, um dia ganhei coragem e comecei a questionar tanto aos que pagam pelos serviços assim como aos fornecedores destes. Dois casais de padrinhos explicaram que no acto de aluguer dos panos, capas, o preço é aplicado para vinte e quatro horas. Isto é, se a pessoa aluga os panos para uma festa que começa sábado às 14.00 horas, significa que deve devolver os panos e capas às 14.00 horas do domingo – dia seguinte. Leia mais…
Por Frederico Jamisse
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