O segundo maior partido de Moçambique, nessa qualidade representado na Assembleia da República, tal como é chamado o Parlamento moçambicano, voltou a atacar o distrito de Morrumbala, com artefactos bélicos fabricados para matar, na província da Zambézia, no prosseguimento da saga pela governação das províncias que “ganhou” em eleições gerais dum país com 11 províncias.
A última accao teve lugar na madrugada de anteontem, sexta-feira, da qual nos lembrou o seu ADN de há 24 anos, designadamente (1) libertar reclusos, desta vez em número de 23, (2) queimar viatura (s), (3) roubar medicamentos para que o povo deles não beneficie, tal como o faz desde Muapula, Maiaca (Niassa) Mopeia e de novo Morrumbala (Zambézia), e (4) vandalizar as infraestruturas públicas, como o faz em todos os locais, depois de se aperceber que os seus titulares estão mortos de sono.
Um dos aspectos do seu ADN, ressuscitado no mais recente ataque a Morrumbala, que estava tormento nos últimos anos, na tentativa de tornar o Partido mais ou menos nacional e racional, a acreditar no que disse o professor Hilário, que leu à RDP-Africa, às 8h00 do mesmo dia, foi o (5) conteúdo dum panfleto deixado para que fosse visto por quem visse:
“ Esta terra é nossa, não queremos ser governados por pessoas do Sul do país em Morrumbala. Estamos preparados, para que com o que daqui tiramos, lutemos até cinco anos: armas, medicamentos” citou o zeloso professor.
Não haveria melhor momento para o partido Renamo destapar o véu. Está a servir para quem ainda ia acreditando numa possível metamorfose de assassina/cruel para uma organização política, incluindo os chamados facilitadores de um processo que custa aceitar que seja de pacificação. É uma mensagem inequívoca dirigida mesmo aos amigos externos da Renamo, que ela própria escolheu a dedo para esse fim.
Tal como, infelizmente, temos tido razão neste espaço, que a vacina administrada ao partido Renamo, para que fosse como é, conseguiu-a até à medula: não parece esta geração que ainda pode ver a Renamo como partido, como organização politica normal. Que o diga Aldo Ajelo e todos os italianos que insistem que seja transformável. Que o diga a ONUMOZ!
Triste sina, esta que coube a Moçambique, onde há partido que diz o que está escrito na mensagem acima. Que diz que não quer ser dirigido pelos seus seniores dirigentes. Porque se diz que não quer gente do Sul, está a dizer não quer nos seus quadros nem Muchanga, nem Namburete, muito menos Pondeca, etc …
(…) Embora estes se enganem. Eles não constam do ADN renamista. Na verdade, no dia em que a governação de províncias for consumada, não mais servirão para este partido que tem no anti-sulismo a sua principal cartada ideológica.
PS. Não revisitei de propósito a crónica, mesmo depois de saber(em última hora) que o segundo maior Partido acabava de atacar selectivamente jornalistas, a caminho de Macossa. É a mesma Renamo que conheci a estuprar meninas, a pilar cabeças de seus conterrâneos e a desventrar mulheres grávidas… não seriam jornalistas a excepção!…
Pedro Nacuo
nacuo49nacuo@gmail.com