Juro que não sei em que ponto está o roubo de faróis, baterias, espelhos, emblemas de viaturas Toyota, Honda, Mercedes, Grand Cherook, Mazda, Jaguar, Nissan, VW, Subaru, Suzuki e muitas outras, que é, alegadamente, protagonizado por alguns jovens e adolescentes na cidade de Maputo.
Até há bem pouco tempo muito do material que mencionei acima podia, horas depois de ser furtado, achado à venda no “dumba-nengue” Estrela Vermelha, despachado por aprendizes de larápio e mestres delinquentes de mecânica.
Contaram-me que certa vez um fulano teve de comprar o espelho do próprio carro, que lhe tinha sido sacado horas antes, na zona do cinema Charlot, na avenida Eduardo Mondlane, apesar de ter provado por A + B que o acessório pertence à sua viatura, a começar pela cor, e pela forma como se encaixou, na perfeição, quando reinstalado. Mas continuemos.
Das poucas vezes que fui àquele “dumba-nengue” (Estrela Vermelha) intrigou-me, e como (!), ver em algumas bancas centenas de emblemas de marcas de automóveis a oxidarem e imaginei o que diriam os proprietários que viram os seus carros vandalizados. Não me sobrou coragem para perguntar por quanto estariam à venda aqueles adereços porque, na minha condição de humano, também tenho momentos de dúvida e hesitação. Mas confesso que fiquei chateado e disse para mim que se tivesse uma compleição física similar à de Floyd Mayweather …
Texto de André Matola