O presidente da Costa do Marfim, Alassane Ouattara, anunciou, durante o seu discurso à nação na semana passada, que durante o presente mês de Janeiro as tropas francesas vão abandonar o país. O líder costa-marfinense considera que “a modernização do exército do país é agora eficaz” e, nesse contexto, decidiu pela “retirada concertada e organizada das forças francesas”.
O anúncio de Ouattara segue-se a um similar feito em Novembro por Bassirou Diomaye Faye, presidente do Senegal, que também solicitou que o contingente militar francês se retirasse do país. Tendo em conta que tanto Ouattara como Faye foram eleitos democraticamente e não resultam de golpes militares, é caso para dizer que não são apenas os golpistas, os “democratas” em África também querem “livrar-se” da da França. Ou seja, o império militar neocolonial da França parece estar a desmoronar-se.
Apesar de ter concedido independência às suas antigas colónias em África há várias décadas, a França havia assinado pactos de defesa que a permitiam manter tropas ou bases nos novos Estados independentes. A Costa do Marfim ficou independente em 1960, mas mantinha um Pacto com a França, que permitia esta última manter naquele país africano um contingente de aproximadamente 1000 soldados. Leia mais…