OOcidente pode vir a “perder” um aliado de peso se as intenções da Turquia aderir ao agrupamento BRICS vierem a se materializar. O ministro dos Negócios Estrangeiros da Turquia, Hakan Fidan, informou, semana passada, que o seu país está à procura de desenvolver alianças, visto que “nenhum país tem a possibilidade de gerir as crises no mundo sem formar uma aliança, ou seja, sem pagar um preço enorme sozinho”. Para o governante turco, “todos os países têm de formar alianças”. A procura de adesão ao BRICS, uma aliança que tem sido vista como um contraponto ao braço armado dos EUA-Ocidente, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), é a resposta que as autoridades de Ancara decidiram dar à rejeição ao pedido, de longa data, que o “gigante euroasiático” fez para aderir à União Europeia. Uma eventual aceitação da Turquia ao BRICS poderá criar algum embaraço ao Ocidente, visto que o país é também membro da OTAN.
A Turquia é um país cujo território se encontra localizado em dois continentes, a Europa e a Ásia. A maior parte do seu território localiza-se na Ásia Ocidental e a parte menor (a oeste do Mar de Mármara) na Europa Oriental, estendendo-se pela península da Anatólia e pela Trácia Oriental na região dos Bálcãs. A sua localização em dois continentes torna o país geoestrategicamente importante, sendo que ele tem sido colocado como um dos países do Médio Oriente, a rica região em petróleo que tem sido alvo de elevada cobiça no jogo entre as grandes potências. É um país predominantemente muçulmano, sendo que também são encontráveis pequenas minorias de crisãos e judeus. Quando a moderna Turquia foi estabelecida, na década de 1920, o pai da Turquia, Atatürk, e seus sucessores, definiram a ocidentalização como sua escolha estratégica e política primária. Durante a ocidentalmente designada guerra fria, a Turquia se aliou às potências ocidentais e participou em várias organizações internacionais ocidentais. Leia mais…