A política externa dos EUA deu uma reviravolta interessante. O que antes era considerado tabu parece que vai passar a ser a norma, pelo menos durante a presidência de Donald Trump. Na semana passada, os EUA quebraram uma tradição que mantiveram desde que a Rússia invadiu a Ucrânia: votaram, nas Nações Unidas, do lado da Rússia.
O alinhamento com a Rússia sinaliza, por um lado, o abandono da promessa de apoiar a Ucrânia até derrotar a Rússia e, por outro, consolida, ainda mais, o distanciamento que o país de Trump tem estado a demonstrar em relação aos tradicionais aliados europeus. Além disso, há sinais claros de que o novo inquilino da Casa Branca não se importa em danificar os laços com os seus aliados, desde que o interesse dos EUA seja salvaguardado.
Por duas vezes, na mesma semana, os EUA tomaram partido, nas Nações Unidas, votando lado a lado com a Rússia tanto na Assembleia Geral (AGNU) como no Conselho de Segurança (CSNU). Na AGNU, os EUA e a Rússia votaram contra uma resolução cujo título é “Promovendo uma Paz Abrangente, Justa e Duradoura na Ucrânia”. Leia mais…