Os EUA voltaram a sentar, ain da que de forma indirecta, à mesa de negociações para discutir o programa nuclear iraniano. Ainda que com ameaças de bombardeamento ou de imposição de sanções económicas, Donald Trump deu o “ok” para que o seu país encontre uma solução ne gociada para a querela que o opõe ao Irão. Na semana passada decorreu a segunda ronda negocial do mais alto nível desde que o Presidente Donald Trump abandonou unilateralmente o histórico acordo nuclear de 2015. Desde então, o Irão abandonou todos os limites ao seu programa nuclear e enriquece urânio até aos 60% de pu reza – perto dos níveis de 90% ne cessários para obter a arma nuclear. Tendo em conta que terá sido o actual Presidente dos EUA a abandonar o acordo nuclear iraniano, é caso para dizer que Donald Trump tenta res suscitar o acordo de Barack Obama.
Oficialmente designado Plano de Acção Conjunto Global, o acordo nu clear iraniano foi assinado em 2015 entre os cinco membros do Conse lho de Segurança mais a Alemanha (P5+1) e o Irão. A assinatura do acor do ocorreu depois de vários anos de discórdia, em que a “comunidade internacional” acusava o Irão de es tar a desenvolver um programa com a f inalidade de produzir armas nuclea res. O Irão, por seu turno, afirmava, de forma reiterada, que o seu progra ma era pacífico. Devido à tensão cria da entre as posições de divergência, a “comunidade internacional” impôs sanções económicas àquele país do Médio Oriente. No entanto, em 2018, Donald Trump rasgou o acordo por considerá-lo “desastroso” e optou por implementar uma estratégia de pressão máxima sobre o Irão. Desde a primeira passagem de Trump pela Casa Branca, e o interregno preen chido por Joe Biden, o relaciona mento entre Washington e Teerão foi caracterizado por um relativo dis tanciamento. Actualmente a exercer um segundo mandato presidencial nos EUA, Trump parece se ter aper cebido que não devia ter abandonado o acordo com o Irão, daí a retoma de negociações em torno do programa nuclear iraniano. Leia mais…
