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Quem nunca viveu no subúrbio ainda não viveu. O subúrbio é ímpar. Magnético. É preciso ter sido lá nado e permanecido para saborear a solidariedade que ali se vive e se respira.
Em caso de falecimento, o subúrbio sacode-se. Adolescentes, jovens e idosos todos coxeiam em direcção ao cemitério para o último adeus ao finado. Lealdade.
Quando o assunto é casamento, o subúrbio transcende-se. Rejubila e auto-convida-se ao copo-d’água e “xiguiana”. E o anfitrião não tem como dizer não, porque até deu dicas no lobolo.
Texto: André Matola
andre.matola@snoticias.co.mz
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