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NOSSOS USOS E COSTUMES Desfigurados e irreconhecíveis (I)

Por Idnórcio Muchanga

Acredito que nenhum de nós, moçambican(o)as de hoje, tem ideia de como eram o(a)s moçambican(o)as, que “ontem” receberam o navegador português Vasco da Gama na Ilha de Moçambique, no dia 2 de Março do longínquo ano de 1498, com a sua frota de apenas três dos quatro pequenos navios, com os quais zarpou do Tejo: (S. Gabriel, S. Rafael, Bérrio) já que o S. Miguel, diz-se que não passou da Baía de S. Brás, na província sul-africana doCabo Ocidental, onde foi queimado. 

Estamos a falar de ontem de há quinhentos e vinte e um (521) anos). Mas, de acordo com alguns historiadores, um deles o professor português Doutor José de Oliveira Boléo, naquela parcela do nosso país (o nosso litoral), vigorava a civilização perso-árabe, caracterizada pela utilização de certas artes, culturas e indústrias, misturando-se com a religião muçulmana, alterando bastante a civilização autóctone bantu do interior do país, e ficando uma amálgama inextrinçável de usos e costumes matriarcais, imbuídos de instituições muçulmanas num evoluir constante. Mas afora isso, no global, até hoje a nossa população é basilarmente formada por certo número de grandes grupos, os quais se subdividem em agrupamentos menores, umas vezes com razões suficientes de diferenciação, mas outras vezes sem razões algumas, a não ser no linguajar, quase sempre para perpetuar a memória de um clã ou uma tribo. Há muitos exemplos disso, mas o espaço não nos perdoa. Até porque este artigo é feito por um Leigo (mas não Burro), e não se pretende ser de forma alguma histórico-científico. Leia mais…

Por Kandiyane Wa Matuva Kandiya

nyangatane@gmail.com 

 

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