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Ninguém é profeta na sua terra… mas devia!

Por Idnórcio Muchanga

Respeita-te e outros te respeitarão – Confúcio

É cada vez mais notório que, a vários níveis, a humanidade enfrenta uma crescente quebra do estado democrático de direito no capitulo dos direitos humanos. Há uma crescente relativização desses direitos em nome de “valores” outros nem sempre claros. Assiste-se ao aumento da violência em nome da sobrevivência. Há infanticidios, femicídios, violações sexuais, assaltos a mão armada, etc.etc.

Há quem culpe a economia de mercado que, acredita, rege-se por regras selvaticas com os olhos fitos no lucro. Outros falam da luta pelo que comer no dia a dia. Fala-se da falta de perspectivas e de uma cada vez maior descrença naqueles que têm a missão de prover o bem público. Enfim, o mundo caminha a passos largos para o ocaso. E isto, entenda-se, é um cenário generalizado. Basta ver e ouvir os noticiários daqui e de lá.

Reconhecendo o estado crítico do mundo, a Sociedade de Teologia e Ciências da Religião (SOTER), organizou em Belo Horizonte, Brasil, um Congresso para discutir “Religião, Ética e Política”, tendo em conta que a sociedade apresenta desafios que tocam questões fundamentais, sobretudo na óptica do direito, da democracia, nas causas sociais, na multiculturalidade que tece o nosso contexto e em temas que exigem uma postura nova e um olhar mais profundo da realidade. 2018 também traz a comemoração dos 70 anos da Declaração dos Direitos Humanos.

São assuntos capitais. De interesse geral… ou pelo menos deveriam fazer parte das preocupações de todos os homens de bem. É isso.

Mas o onde é que Belo Horizonte toca em Moçambique?

Por Belmiro Adamugy

belmiro.adamugy@gmail.com

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