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Não se esqueça de gatinhar porque marchar é coisa nova!

Por Idnórcio Muchanga

Nem sempre a modernidade é coisa boa. Para além de vir de partes estranhas aos hábitos e costumes autóctones, às vezes, interfere nas culturas das sociedades, que, como se sabe, não são uniformes em todos os quadrantes do mundo. Não é conceito algum, mas ajuda a explicar alguns traços da nossa vida, sobretudo quando a cópia da moda se torna simplesmente isso, MODA.

A educação tradicional, não tendo as facilidades que a moderna tem, de sistematizar os conhecimentos, colocá-los em livros, através de conceitos e definições, a sua transmissão é feita de exemplos, adágios, provérbios, comparações, incluindo os simples maus agouros.

São esses ditos populares que conduzem as sociedades tradicionais, que, como se sabe, evitam muitos males sociais e tornam-nas geralmente em muito tranquilas, pacíficas, trabalhadoras e que sem ninguém se aperceber descobre tratar-se do melhor meio aonde viver.

Por isso deixa saudades àqueles que por várias razões saem para as sociedades modernas, onde acusam o desenvolvimento de trazer os hábitos estranhos ao seu tradicionalismo: aprendem a viver à custa de outrem, a roubar, a não cumprimentar e, enfim, a fazer tudo o que a sua cultura tinha proibido.

Na terra onde nasci, há um provérbio segundo o qual não nos devemos esquecer de gatinhar porque caminhar (de marchar) é coisa nova. Tão simples quanto isso! Escondem-se neste adágio muitas verdades, nalguns casos até, aparentemente, contraditórios, mas nem por isso deixam de ser educativos.

Por Pedro Nacuo

pedro.nacuo@snoticias.co.mz

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