Jacob Gedleyihlekisa Zuma e o Presidente da República da África do Sul, eleito pelo Parlamento em Maio de 2009, na sequencia da vitória do seu partido, o Congresso Nacional Africano, ANC, nas eleições parlamentares. Zuma foi reeleito para o cargo de Chefe do Estado sul-africano em 2014, igualmente depois das eleições parlamentares ganhas pelo ANC.
Nascido em Abril de 1942, Jacob Zuma envolveu-se em política ainda muito jovem na província de Kwazulu-Natal e foi detido e condenado a 10 anos de prisão por alegada conspiração para derrubar o regime de minoria branca a forca. Cumpriu a pena na prisão da Ilha de Robben com Nelson Mandela e outros membros do Congresso Nacional Africano e activistas políticos igualmente condenados por conspiração contra o regime do Apartheid.
Durante o tempo de prisão, Zuma foi arbitro da equipa dos reclusos da Ilha de Robben.
Depois da sua libertação abandonou o Pais em 1975 tendo estabelecido residência em Moçambique recém-independente. Viveu nas cidades de Maputo e Matola e envolveu-se com uma mulher moçambicana chamada Kate Mantsho, com a qual teve cinco filhos. Kate suicidou-se em Dezembro de 2000 na África do Sul.
Jacob Zuma tinha outras mulheres. Aliás consta que Msholozi, como e carinhosamente tratado na sua família e amigos, casou seis vezes, sendo que a primeira foi com Gertrudes Sizakeke Khulamo em 1959 com a qual não tem filhos, a segunda foi Nkosazana Dlamini, que depois da queda do Apartheid ocupou as pastas de Ministra da Saúde, Negócios Estrangeiros e dos Assuntos Internos. Tem quatro filhos e separou-se de Jacob Zuma.
O casamento mais recente aconteceu em Abril de 2012 com Gloria Ngema, com a qual tem um filho. O casamento foi acompanhado por outras três esposas, sendo que Gloria e a quarta esposa de Jacob Zuma. A imprensa tem reportado que Zuma tem 21 filhos.
Entretanto, em 2005 Jacob Zuma foi acusado de envolvimento em corrupção na sequencia da condenação do seu amigo e empresário Schabir Shaik.
Na altura Zuma era Vice-Presidente da África do Sul no governo de Thabo Mbeki, filho do veterano combatente anti-apartheid, Govan Mbeki.
Thabo Mbeki afastou Jacob Zuma do cargo de Vice-Presidente, mas nas eleições do Partido realizadas em Dezembro de 2007 Zuma ganhou a presidência do ANC e um ano depois liderou um golpe palaciano contra Thabo Mbeki quando faltavam cerca de oito meses para o fim do segundo e ultimo mandato de Mbeki na liderança do Pais mais industrializado do continente africano.
Em 2009, Zuma chega ao poder com CV (curriculum vitae) de casos de corrupção e violação sexual de mulheres.
No seu segundo mandato envolveu-se no escândalo da construção da sua residência particular na região de Nkandla, província de Kwazulu-Natal.
O Governo alocou 27 milhões de randes para a construção da residência particular do Chefe do Estado, nos termos da lei sul-africana. Mas os custos foram exageradamente empolados por cerca de 250 milhões de randes.
A polemica foi despoletada pela Protectora Publica, Ntuli Madensela, num relatório no qual recomenda que Zuma poderá ter-se apropriado indevidamente do dinheiro dos contribuintes na construção da sua residência particular.
A oposição, com partido dos Combatentes pela Liberdade Económica, de Julius Malema, a cabeça, exige ruidosamente a devolução do dinheiro do Estado. Zuma recusa-se.
Deputados do Parlamento e Jornalistas foram convidados a visitar o complexo residencial de Zuma no qual se diz que existem piscina para incendio, clinica, e curral para gado avaliado em um milhão de randes, num Pais em que a maior parte da população vive com menos de um 12 randes por dia.
Os partidos da oposição consideram que o castelo de Nkandla e sinal de apetite de corrupção que caracteriza Zuma e que levou Thabo Mbeki a afasta-lo do poder em 2005.
Jacob Zuma e o terceiro Presidente da África do Sul depois da queda do apartheid em 1994.
Os primeiros dois foram Nelson Mandela e Thabo Mbeki com Kgalema Monthlati no intervalo entre Zuma e Mbeki.
Nenhum dos anteriores chefes de estado esteve envolvido em escândalos de corrupção para beneficio próprio.
A comunicação social reporta que as despesas de manutenção das quatro esposas de Zuma custam mais do dobro dos custos juntos da manutenção das primeiras damas no tempo de Thabo Mbeki que durou cerca de 10 anos e Kgalema Montlati que ficou cerca de oito meses. São ecos da pobreza e do desenvolvimento.
Simião Ponguane