Muitas vezes, os maiores desafios da vida se transformam nas lições mais valiosas que podemos aprender- Anónimo
Em 1943, as últimas tropas alemãs em Estalinegrado renderam-se ao Exército Vermelho, chegando ao fim uma das batalhas mais importantes da Primeira Guerra Mundial. No mes mo ano, na então Lourenço Marques, nascia um bebé do sexo masculino a quem os pais baptizaram Amad Is mael, mas ficou registado com outro nome – escolhido pelo funcionário do registo de nascimentos – porque ele achou que o nome de origem ára be não ficaria bem a alguém de tez menos clara… eram outros tempos, embora ainda haja um e outro fun cionário que ainda se arvora o direito de rejeitar um e outro nome… mas isso são outras quinhentas.
Dizia, que naquele ano nasceu o Amad Ismael. Infelizmente, não teve o privilégio de conhecer pessoalmente os avôs porque, sendo comerciantes, mais navegavam do que ficavam em terra. O comércio de especiarias entre Moçambique e Índia, via Oceano Índi co, era ainda pujante e, quis o destino, numa dessas idas e vindas, o patriarca da família perecesse. O contacto entre as famílias, a que estava em Louren ço Marques e a que vivia nas Índias, perdeu-se… sobraram apenas fotos e memórias experimentadas pelos pais do jovem Amad.
O pai era tradutor de português–ronga da administração colonial. Ele, o jovem Amad, cedo tornou-se professor primário. Depois estudou por correspondência, formando-se em Gestão de Recursos Humanos. Trabalhou em várias empresas, sem pre na gestão de pessoal. Participou na criação dos Conselhos de Produ ção de onde surgiram as bases para a formação do sindicato dos trabalha dores, a Organização dos Trabalha dores de Moçambique (OTM). Leia mais…