Há alguns anos, um pouco antes da pandemia do novo coronavírus abater-se sobre nós com a força de um compressor industrial, falei com Paulo Chibanga, o homem por detrás do Azgo, um festival cultural teimosíssimo – já vai na sua 11a edição. Obstinado, porque sabemos as dificuldades que nos cercam. Falta-nos quase tudo, desde o pão para as famintas bocas até os sonhos definham a olhos vistos. Então manter viva acesa a chama de um evento cultural é temerário…
Pois dizia que na aludida conversa, falamos da escassez acentuada de espaços para grandes produções artístico – culturais, entretanto “superada” com alguma engenharia criativa, nomeadamente com o uso do terreiro do Campus da Universidade Eduardo Mondlane e o Jardim dos Poetas na Matola e pouco mais do que isso, sem desprimor para o CCFM e a novel Galeria na baixa de Maputo.
Nessa altura, Chibanga, fruto das experiências ganhas como músico com a banda 340ML, que integrava Tiago Paulo, Rui Soeiro e Pedro Pinto, sonhava já com um espaço livre, mesclado com a natureza, propício para um festival multidisciplinar, que sendo artístico, também pudesse proporcionar uma experiência imersiva e igualmente constituir-se como um polo de atracção para o turismo. Leia mais…
Azgo sonhar mais!
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