Por Belmiro Adamugy
O respeito é a base de tudo, aprenda a respeitar o próximo e estarás fazendo um bem enorme à humanidade, não respeite e estarás matando a ti mesmo. – Bertha Amaral
Gosto da imagem de que o tempo não é finito. Que teremos sempre tempo. Ou, como diria outro pensador, o tempo é a imagem móvel da eternidade movida segundo o número. E, partindo do dualismo entre o mundo inteligível e o mundo sensível, concebeu o tempo como uma aparência mutável e perecível de uma essência imutável e imperecível, portanto eterno. Sucede que não é bem assim; melhor dito, um simples mortal tem o tempo bastante limitado. Óbvio que se olharmos para a Humanidade, o Homem como indivíduo é apenas um grão de areia na enorme máquina da existência. Um lapso, uma vaga memória que se escoa e esgota à medida que o mundo avança na sua inexorável jornada rumo à celebrada eternidade (?) ou se calhar nem seja por aí.
Ora, por causa dessa nossa finitude como seres humanos, temos um tempo – seria um prazo? – para fazermos o nosso papel terreno. Há muitas variantes nessa jornada, sobretudo se pensarmos como seres que têm uma estranha necessidade do outro para justificarmos a nossa existência.