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MAPIKO: A (re)existência do teatro do oprimido

Por Jornal domingo

O tempo é o melhor autor. Sempre encontra um final perfeito – Charles Chaplin

POR BELMIRO ADAMUGY

BELMIRO.ADMUGY@SNOTICIAS.CO.MZ

Este é um texto que já escrevi várias vezes, pelo simples facto de que gosto do teatro. Mudei-lhe sempre o título. Afinal espelha o que penso. O teatro é, na minha opinião, uma arte essencialmente humana. Teatro é olho no olho. Estes são os pilares do teatro: um actor olhando, nos olhos, outro actor. O olho é de uma sensibilidade única. Por isso mesmo é considerado o espelho da alma. O actor deve ofertar, a si mesmo, o seu olhar. É no olhar que se destapa a verdade. Teatro é amor. Por isso e muito mais é que eu celebro o teatro.

No fundo, todo Homem tem dentro de si um actor e – olha só um espectador. Quem vê pode ser visto. Quem se emociona – e esconde o olhar – também emociona os demais. Há uma relação única. Afinal teatro não é uma reprodução da realidade. É a sua representação. É o acto maior da auto-observação. É terapêutico.

Porque poderoso, ocorre questionar qual é o destinatário do teatro. Serão as massas? Será que o teatro deve ser produzido numa visão meramente popular? E os outros? Os políticos. Onde se colocam? Na plateia? É importante questionar o papel desta arte milenar. Continuamente; sob o risco de se perder a sua essência. A de se constituir como um lugar privilegiado da mudança/transformação da sociedade… sem, contudo, transformar-se num lugar de “culto”. Leia mais…

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