Já tem barba branca o ditado segundo o qual não há bela sem senão. Tanto se festejou a instalação da ponte Maputo-KaTembe que até hoje soam nos ouvidos os gritos de emoção vividos aquando da inauguração daquele emblemático empreendimento.
Passados mais de dois anos, a imagem que se tem de KaTembe é de um distrito municipal praticamente “sitiado”. Os residentes quase que já esgotaram argumentos.
O que todos esperavam é que houvesse um movimento constante dos residentes para chegarem até ao centro da cidade capital. Ora bem, nada disso está a acontecer e ainda arriscam a enfrentar dificuldades agravadas pela escassez de transporte público.
Do lado da KaTembe, os transportadores praticamente desapareceram, muitos dos quais conseguiam estabelecer a ligação entre a ponte-cais e os diversos bairros residenciais. São praticamente poucos os “chapas” e autocarros públicos que transportam pessoas de um lado para o outro da baía de Maputo.
Não sabemos a quem agrada as pessoas terem de sair de casa com as viaturas e estacionarem na rotunda onde começa a estrada de ligação com a Ponta do Ouro. Naquele lugar, além das viaturas, os moradores concentram-se à espera do tão escasso transporte público para poderem ir ao serviço ou tratar da sua vida no centro da cidade capital.
Por Benjamim Wilson
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