Por André Matola
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Há uma idade em que queremos abraçar o mundo. Tocar o céu, as estrelas e o mar. Correr em linha recta. Pensamos que nada nos pode suceder ou travar. Achamo-nos imortais. É a adrenalina da vida.
Há outra idade. A que queremos tão somente sentir o farfalhar das folhas das árvores, ouvir as ondas do mar, o chilrear dos pássaros, o canto do galo, e sentir o vento acariciando-nos o rosto.
A zanga do vizinho entra por um ouvido e sai do outro. O barulho dos motores dos chapas dizem nada. O relógio e o calendário pouco importam. Enfim, é outra vida.
A idade que eu mais gosto é a da filantropia. Aquela em que quem tem pouco, a roçar a nada, partilha a amizade, a boa disposição, a sabedoria, a experiência, a paciência e, quem tem, para lá dos bens, a humildade, o sorriso, a fala, a virtude e outras fragrâncias.
E é de fragrâncias que eu gosto. A época festiva que saboreamos nesta fase do ano, hoje é o Réveillon, continua pintada pelos mais variados tons de fragrâncias de felicidade, solidariedade, paixão e amor, sobretudo amor, o tal fogo, como dizem os poetas, que arde sem se ver. Leia mais…