20 de Outubro. Faculdade de Educação da Universidade Eduardo Mondlane (UEM). Laboratório de Química. Meio da manhã. Ensaiávamos as aulas laboratoriais que teríamos de realizar com os alunos na altura do estágio na “Josina Machel” e “Francisco Manyanga”, sem a supervisão do(s) nosso(s) docentes.
Cursávamos Química e Biologia (Q/B).
A aula estava a ser filmada. Seguir-se-ia a sua visualização e debate para que os erros cometidos não fossem replicados ou mínimos na presença dos alunos.
Os avisos (advertências) partindo do professor João Massena eram mais que muitos: usar luvas. Calibrar a balança antes de pesar. Tarar. Cumprir, rigorosamente, todas as etapas antes de acender o Bico de Bunsen (bico de gás). Não confundir Balão de Erlenmeyer com Balão de Buchner. Pipetar correctamente e sem auxiliar com a boca. Não cheirar ou inalar as soluções. Tudo isso apesar de termos lido e estudado bem o protocolo para aquela aula laboratorial. A concentração era total.
De repente, um toque-toque leve na porta do laboratório. Alguém batera tão suavemente que parecia ter medo de ferir os nós dos dedos. O professor encaminhou-se e abriu a porta. Era o nosso professor de Didáctica de Química. Um alemão afável, cujo nome agora que escrevo estas linhas se nega a bailar na minha mente. Leia mais…