Vinte e sete países participaram há dias na República Democrática do Congo (RDC), no exercício marítimo “Obangame/Saharan Express”, que tinha como objectivo testar as forças marítimas multi-nacionais em operações navais e aumentar a capacidade e agilidade dos países do Golfo da Guiné no combate à pirataria marítima, ao tráfico de seres humanos e outras ameaças marítimas.
O exercício teve o patrocínio do Comando Militar norte-americano para a África (AFRICOM), com uma facilitação das forças navais dos Estados Unidos para a Europa e África e a Sexta Frota, que junta forças navais africanas, europeias, sul-americanas e norte-americanas.
Em conferência de imprensa via telefónica a partir de Washington, a directora do exercício, capitã-de-mar-e-guerra Heidi Agle, realçou a importância do Obangame, afirmando que a segurança regional é crucial para o combate à pirataria marítima e ao tráfico de seres humanos.
Heidi Agle, que é comodoro do Comando Militar Marítimo dos Estados Unidos para a Europa e África, considerou que a pirataria marítima e o tráfico de seres humanos não devem ser combatidos de forma isolada. “A segurança marítima é algo que deve ser garantido por todos”, defendeu. Obangame, palavra de uma língua africana, significa “Todos em conjunto”.
Participaram no exercício a África do Sul, Angola, Alemanha, Benin, Bélgica, Brasil, Camarões, Cabo Verde, Congo, Costa do Marfim, Dinamarca, Espanha, Guiné Equatorial, França e Gabão. Fazem ainda parte do “Obangame” Holanda, Marrocos, Nigéria, Portugal, RDC, São Tomé e Príncipe, Senegal, Togo, Turquia, Estados Unidos e Reino Unido, além das comunidades económicas dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e Central (CEEAC).