Já tinha ficado com os cabelos em riste ao tomar conhecimento da detenção, há dias, de três indivíduos na posse de 16,5 quilogramas de cocaína no Aeroporto Internacional de Maputo. Soube depois que, na quinta-feira passada, mais sete pessoas caíram nas mãos da Polícia com 38 ampolas da mesma droga e soruma em quantidades não especificadas, num dos bairros da cidade de Maputo.
Ora, 16,5 quilogramas de cocaína é muita fruta. Trinta e oito ampolas de cocaína são como células cancerígenas malignas que se vão propagar por todo o tecido social.
Perante esta dura realidade, temos todos de despertar para o combate às drogas. Os estupefacientes proporcionam prazer à primeira vez que se consome. À segunda, o consumidor está à procura da mesma sensação, mas jamais consegue o mesmo efeito, sendo que passa a necessitar de doses cada vez mais elevadas, resvalando para aquilo a que os compêndios de toxicologia chamam habituação. Depois é a perdição total e com todas as consequências daí decorrentes.
