Depois do gozo da minha licença disciplinar estou de regresso para, de vez em quando, opinar sobre o que gravita à nossa volta.
Acto 1. Circular
Sexta-feira passada (21), por volta das 17 horas, quase arrancava o meu próprio cabelo ao rolar pela Estrada Circular de Maputo no sentido Praia da Costa do Sol – Albasine. Sentindo, repentinamente, o automóvel trepidar prestei mais atenção à estrada. Não demorei para perceber a razão daquilo tudo. Pelas minhas contas, um dos muitos camiões, pesados, que circulam por aquela via transportando, amiúde, pedra, areia, ou ambas coisas, pode ter sido responsável por aquela situação.
No caso vertente fiquei com a impressão de que as borbulhas que faziam estremecer o carro eram restos de asfaltoque se grudou àestrada, ou melhor, se colaram que nem chewing gum (pastilha elástica) depois de mascado e cuspida.
Sem pretender ser vidente, acredito que tudo aquilo foi ocasionado por um camião que transportava uma ou mais maquinas usadas para colocação de alcatrão e, quem sabe, betão. Os equipamentos foram salpicando desde a ponte da Costa do Sol até a rotunda da CMC, onde desviei e peguei outra via. Por aqui já se percebe que não posso falar sobre como é que as coisas estão mais a frente. Posso apenas afirmar, com segurança, que os camiões que transportam areia e pedra estão a contribuir para a rápida degradação da Estrada Circular porque não respeitam o peso máximo. Mas ainda bem que o Ministério das Obras Publicas, Habitação e Recursos Hídricos já está de olho no problema. Honestamente é demasiado cedo para esquecer o sofrimento a que estávamos sujeitos antes da construção desta importante rodovia.
Por André Matola