
Grosso modo pode-se definir a Televisão como “uma Caixa que traz a magia de um mundo distante para perto de nós”.Nos últimos tempos, tal como acontece com as Escolas do Ensino Superior, a Televisão também atingiu a sua máxima explosão, o seu “Boom!”. Os citadinos da Capital Moçambicana, gozam de uma variada gama de opções televisivas, (se a memória não me atraiçoa são quinze os canais de maior acessibilidade, no mínimo: TVM, TVM2, TIM, Top TV, TV Miramar, STV, Eco TV, KTV, Gungu TV, CTV, TPA, RTPÁfrica, TV-Maná e ZAP/Novelas). Em princípio quando qualquer um de nós, liga-se a uma TV, espera deliciar-se de um bom programa. Não obstante esta explosão, a qualidade dos programas deixa muito a desejar. De um modo geral, são três, os programas que a maioria das televisões apresenta, por ordem de interesse: Telejornal (ou notícias), debates e música. Socorrendo-me de um ténue conhecimento jornalístico adquirido num cursinho que tive de curta duração, (Trinta dias), ministrado por um professor brasileirobrincalhão mas entendidíssimo na matéria jornalística, já lá foram muitos anos, irei definir estes três programas televisivos da seguinte forma: Telejornal – notíciasapresentadas diariamente na televisão. O telejornal diferencia-se doutros veículos informativos por ser o único a aliar o imediatismo, a agilidade e a instantaneidade à imagem. Ou seja um Telejornal caracteriza-se por um texto informativo de interesse público, que narra algum facto recente ocorrido no país ou no mundo, e cujo conteúdo é constituído por um tema político, económico, social, cultural, etc.. O dito cujo meu professor ensinou que “quando a actualidade é ausente, a notícia é inexistente”. Sobre o debate, definiu como: uma discussão entre várias pessoas que, tendo opiniões diferentes sobre o mesmo tema, procuram convencer o público que as ouve. Cada participante no debate, procura defender as suas ideias e refutar as dos outros. Sobre a música, nosso tema de hoje, aprendi que é, (música): uma forma de arte que constitui-se basicamente em combinar sons e silêncio seguindo ou não uma pré-organização ao longo do tempo. Todos nós sabemos que a música, de uma forma geral, exerce uma influência muito forte sobre nós, que a reverenciamos. Existem pessoas que, mesmo sem saber o que estão tocando ou cantando, simplesmente tocam ou cantam, porque dentro delas é como se tivesse um “professor” ou “educador” dizendo-lhes o que está certo ou errado. É a música “de dentro para fora”. Na minha língua materna, essas pessoas, têm um dom nato, “Maningwa Dambo”. Pessoas assim, trazem consigo um nível de “musicalidade” que, caso haja interesse em aprender, certamente as levará a tocar qualquer instrumento musical sem nunca frequentar uma instituição de ensino, seja ela formal ou informal. Em termos Teológicos, diz-se que são pessoas com vocação um chamamento divino. Só que, o que a maioria das Televisões nos apresenta como “Artista”, é um desfile de gente vulgar e desprezível, maioritariamente jovens de ambos os sexos, mas sem noção nem dom musical. São uma cambada de bobos, otários dispostos a chamar a atenção para aquilo que fazem, mesmo que seja um completo disparate. Na minha opinião, ser “Artista” significa, fazer trabalhos artísticos de difícil imitação, que se mostram numa marca própria do autor que o imortalizam nessa obra. Um Cantor não precisa usar roupas espalhafatosas e ridículas. Deve mostrar, isso sim, dotes da sua voz. Afinal porque é que a Associação dos Músicos não toma posição contra esse desfile de mediocridade indiglutível!? Valha-nos Deus!