Enquanto o pais se preocupa em produzir trabalho sério e honesto,a deputada da Renamo e chefe da bancada parlamentar do seu partido Ivone Soares, lembrou-se de abrir a boca, e falar da missa que toda a gente conhece,mas se esquecendo de mencionar o nome do padre.
Afirmou recentemente que a Renamo tem o direito de continuar armada,e ninguém à força poderia desarmá-los;e que era o direito de o seu partido continuar armado, em nome da defesa dos seus propósitos.A chefe da bancada parlamentar da Renamo ainda argumentou: quem é esse que vai ter força para desarmar a Renamo sem diálogo?”
Esta senhora nem fala muito, mas sempre que o faz, execede-se e carrega na embraiagem sem medir as consequências.Lembro-me do seu raciocinio infeliz, referindo-se às escaramuças provocadas de energúmenos do seu partido em Nampula e Tsongane em Tete, contra apoiantes do partido Frelimo, aquando das eleições de Outubro.Dizia ela na altura referindo-se ao ocorrido, que era o prenúncio da queda do regime.
Queda de regime, mudança de regime, governar à forca etc, têm sido clichês habituais, na boca de dirigentes da Renamo, ao longo de anos.Mas o regime tem resistido a todas as incongruências com origem na sua organização, no que diz respeito a práticas inconstitucionais, em vários domínios da política nacional, continuando o partido Frelimo como o pólo central da governabilidade e estabilidade politica, por vontade do eleitorado.
Para responder à digníssima deputada, começaria por dizer que a Renamo deveria desarmar voluntáriamente,como mandam as regras universais da democracia.Em termos constitucionais, os únicos que devem possuir armas são as FDS, que têm uma estrutura própria,e tem como principal função defender o Estado.E quando se refere a propósitos,…Pergunto, a que propósitos se refere?Temos uma constituição, que apesar da Renamo ter jurado honrar e respeitar, tem sido o principal adversário, constituindo a sua premissa de arma politica de contínuo desafio à Carta Magna.
A questão de desarmamento dos homens da Renamo é uma exigência de consciência e ética em política.Esses homens e o seu lider deveriam ser suficientemente adultos e entender, que essa é a vontade colectiva de desenvolvimento, e por ser o quartel o lugar dos militares e não as matas.
O plano do estado passa por integrá-los no exército e polícia, e socialmente, para dessa forma se evitar que sejam párias sociais, parem de andar por aí a roubar e a assaltar a população;ou como acontece em Tete, onde acções militares em algumas zonas da província de Tete, são atribuídas aos homens armados da Renamo, e que segundo o Presidente Nyusi e milhões de nós, sabemos que são orquestados para obstruir a vontade dos moçambicanos, de trabalharem para o seu bem-estar, estando associado às enormes potencialidades económicas existentes em Tete, que geram interesses ocultos de pessoas e grupos mal intencionados.
Diz a senhora deputada, quem vai desarmar a força à Renamo sem diálogo? Se querem arrancar as nossas armas, cumpram com o Acordo Geral de Paz, cumpram com o Acordo de Cessação das Hostilidades Militares, dialoguem connosco e desarmem-se.
O governo tem capacidade mais do que o suficiente para desarmar a Renamo à força caso o quisesse, mas o imperativo nacional passa pela intergração dos seus homens, num espaco de tempo e sem demoras.Times is running out!…
A senhora não sabe o que diz, limitando-se a ser um papagaio repetitivo, da narrativa belicista do líder tribalista.O governo tem sido demasiado tolerante para com a Renamo, mas toda a paciência tem limites, e o estado deve ser implacável, sancionando e desmitificando este tipo de bravatas.Fala em acordo geral de paz?Mas então o que se passou com os mediadores militares estrangeiros, vindos por exgência da Renamo, com os quais o governo dispendeu milhões de meticais para custear as despesas de estadia, para nada? De outro lado que diálogo político é esse, o qual serve para a Renamo ir protelando, com manobras dilatórias, enquanto recruta jovens para efeitos político mediáticos, e mesmo assim se recusa a facultar a lista dos homens a integrar nas FDS e para reforma?
E como afirmou o primeiro ministro Carlos Agostinho do Rosario “.Os partidos políticos não podem fazer política com uma mão e com a outra terem armas para chantagear e manter a população e o desenvolvimento reféns"
A meu ver quanto mais a Renamo e o seu líder se agarram a essa estratégia, de manter as armas na mão, mais ressentida e revoltada fica a população. É bom aqui lembrar que a Renamo já causou muitos danos a Moçambique e aos moçambicanos, e a senhora deputada perdeu uma excelente oportunidade de se manter calada.É vergonhoso que um partido com representação parlamentar, use uma milícia armada com propósitos de chantagear o governo, e pôr em causa a segurança das pessoa e bens. É que o acordo para a cessão das hostilidades, que incluem o cumprimento do Acordo de Cessação das Hostilidades Militares, rubricado a 5 de Setembro do ano passado, pelo então Presidente da república, Armando Guebuza, e pelo líder da Renamo, Afonso Dlhakama, posteriormente transformado em Lei pelo parlamento, também observa o desarme da Renamo como precondição do diálogo.
PS.Um pasquim jornalistico local ligado a oposição politica, e a vasta conspiração contra o estado moçambicano e o seu governo, dizia ironicamente que o governo não respeita o poder autárquico.Eu passo a responder.
1.Quem não respeita o poder autárquico é a Renamo, que por estratégia decidiu não participar nas ultimas eleições autárquicas, julgando com isso caso as presidenciais não lhe corressem de feição, poder lançar a ideia de autarquias provinciais.
2.Ora autarquias provinciais foi apenas uma opinião, e uma opinião não ganha eleições e muito menos nomeia governadores.(Recebeu um chumbo do Parlamento)
3.Abortada a tramóia, o idito Plano, B resta dificultar ao máximo o processo de desarmamento,…pergunto até quando?
Unidade Nacional, Paz e Progresso
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Inácio Natividade