Aquele que já não consegue sentir espanto nem surpresa está, por assim dizer, morto; os seus olhos estão apagados – Albert Einstein
Gosto da noite. É nessa altura que me perco em espanto, à espera de uma saudade mais fresca, mais inebriante. Uma saudade que acenda em mim a chama da vida e da nostalgia de um tempo que passou. Às vezes, quedo-me quieto e, sem razão aparente, descubro torrentes de ideias “descontextualizadas” que fixam residência nas ligações dos meus pacatos e curiosos neurônios. O espanto é curial para mim… para outros, será certamente algo dispensável, quase estúpido.
É que para mim, como dizia o mestre Platão, o espanto tem um lugar privilegiado na vida. Quem perde o espanto pelas coisas perde a essência da vida. Se mantenho o gosto pela vida, é porque nunca perdi o espanto pela vida. E o espanto é o fiel escudeiro do enlevo.
Repito: gosto dessa indescritível sensação de feitiço, de elevação dos sentimentos. E qual é o lugar privilegiado para o espanto? A arte; arte entendida como expressão de um ideal estético (ideal de beleza) através de uma laboração criadora. A arte é uma forma de o ser humano expressar as suas emoções, a sua história e a sua cultura através de valores estéticos, como beleza, harmonia, equilíbrio. A arte pode ser representada através de várias formas, em especial na música, na escultura, na pintura, no cinema, na dança, entre muitas outras expressões. É uma manifestação humana universal que produz coisas reconhecidas como belas pela sociedade. Essas formas de arte são praticadas em todo o mundo, em diferentes culturas. Actualmente, a arte é dividida em clássica e moderna e qualquer pessoa pode informar-se sobre cada uma delas e apreciar a que melhor se encaixar à sua percepção de arte. Uma obra de arte transmite uma ideia, um sentimento, uma crença ou uma emoção. Leia mais…
Por Belmiro Adamugy
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