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Vitória Diogo alerta sindicatos sobre o avanço da tecnologia

Por admin

A entrada cada vez maior da tecnologia no processo produtivo apresenta-se como grande ganho para a humanidade mas, ao mesmo tempo, também pode constituir um grande desafio para os trabalhadores na manutenção do emprego.

Esta observação foi feita
na passada quinta-feira
em Maputo pela ministra
do Trabalho, Emprego e
Segurança Social, Vitória
Dias Diogo, durante a abertura da
XVII Reunião Internacional do Comité
Executivo da UNI África, uma
organização sindical filial da UNI Global Union, rede do sector de
prestação de serviços do mundo.
Segundo a ministra, a rápida
internacionalização das economias
e do desenvolvimento das
tecnologias de informação e comunicação,
o trabalho e o capital
estão a sofrer, continuamente,
profundas transformações, pois
a qualidade dos trabalhadores e
a eficiência da sua relação com
as empresas, baseada no conhecimento
vem determinando, em
última instância, a rapidez do
progresso económico dos nossos
países, colocando novos desafios
para o movimento sindical, em
particular a do sector de prestação
de serviços.
Moçambique, bem como outros
países da região e do continente,
incluindo os europeus, também
estão a sofrer uma profunda
transformação do mercado de trabalho
e da estrutura da força de
trabalho, dado que há um movimento
da mão-de-obra da indústria
para a área de prestação de
serviços e do trabalho assalariado
para o trabalho independente.
Este facto, aliado ao esforço
de reestruturação das empresas,
baseado no investimento em ciência,
tecnologia e inovação, tem
levado à procura por trabalhadores
altamente qualificados, num
cenário em que, entretanto, “confrontamo-
nos, anualmente,
com um aumento significativo
de jovens que ingressam no
mercado de trabalho à busca
do primeiro emprego”. Anualmente
entram 300 mil jovens no
mercado de emprego.
Tal, disse Diogo, exige uma boa
organização sindical, cuja aposta
deve ser na formação técnico-
-profissional dos trabalhadores,
sobretudo de qualidade, um exercício
que o Governo moçambicano
tem vindo a fazer com os parceiros
sociais.
Por sua vez, o secretário-geral
da Organização dos Trabalhadores
de Moçambique-Central Sindical
(OTM-CS), Alexandre Munguambe,
apontou como fraquezas
de momento neste campo a falta
de uma paz sólida e efectiva no
país, desde a independência nacional,
em parte devido a ingerências
externas, os níveis elevados
de analfabetismo, sobretudo nas
mulheres, bem como a falta de
formação técnico-profissional da
maioria dos jovens que representam
45 por cento da população
economicamente activa.
O encontro, com a duração de
dois dias, contou com a participação
de 60 delegados provenientes
de diferentes países de África e da
Europa, nomeadamente de, para
além do anfitrião Moçambique, a
África do Sul, Burkina Faso, Camarões,
Costa do Marfim, Congo,
Egipto, Gana, Guiné-Conacry,
Quénia, Malawi, Maurícias, Marrocos,
Mali, Nigéria, Noruega,
Senegal, Suíça, Tanzânia, Tunísia,
Uganda e Zimbabwe.

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