Parque Nacional do Zinave (PNZ) recebeu recentemente um fundo de 20 milhões de dólares disponibilizados por uma agremiação sul-africana que opera no ramo da conservação, denominada Peace Park Foundation (PPF), para financiar o desenvolvimento comunitário, construção de infra-estruturas e repovoamento faunístico.
Dados colhidos junto de Bartolomeu
Souto, director nacional
de Áreas de Conservação, indicam
que com este dinheiro a administração
do PNZ deverá retomar
o programa de reintrodução
de animais que foi suspenso há
alguns anos por falta de financiamento
quando já tinham sido introduzidos
120 animais bravios,
entre eles zebras, girafas e bois-
-cavalo.
Assim, ao longo dos próximos
cinco anos serão introduzidos
cinco mil animais de diversas espécies,
todos trazidos do Kruger
Park, na vizinha África do Sul.
“Queremos fazer uma introdução
massiva de mil animais por
ano”, disse Bartolomeu Souto.
Com aquele mesmo montante
serão também desenvolvidas actividades
de cariz social, nomeadamente
a construção de fontes de
água, unidades sanitárias, escolas,
incluindo acções de mobilização
comunitária para programas
de conservação da fauna e flora.
“Temos uma área comunitária
chamada Tondo, onde queremos
desenvolver um lodge com
esse nome e vamos financiar
essa operação”, disse Souto.
Mais adiante, a nossa fonte
referiu que serão desenvolvidas
actividades que visam estimular o
turismo naquele parque nacional,
com destaque para a reabilitação
da pista de aterragem, vias de
acesso, pontes e a reabilitação
do edifício da administração do
parque, residências dos fiscais e o
estabelecimento da ligação entre
o Parque Nacional do Zinave com
a vila de Vilankulo e o arquipélago
de Bazaruto.
No que se refere ao Parque
Nacional de Banhine, Barlomeu
Souto disse que a Direcção Nacional
das Áreas de Conservação
dispõe de recursos limitados, o
que obriga a que só se faça uma
gestão de presença e de controlo
e caça furtiva.
“Estamos a procura de parceiros
para termos investimentos
mais fortes e importantes.
Banhine é uma área com um
grande potencial. É semi-deserta,
tem uma foz, o que não
é comum em áreas do interior.
Ali desaguam alguns rios e a
área inunda periodicamente.
Isto é singular e penso que vai
poder trazer mais parceiros. Se
trouxer será possível ligar o interior
ao mar”, concluiu.