Texto de Abibo Selemane e Fotos de Carlos Uqueio
A Universidade Eduardo Mondlane (UEM) está a reabilitar e a construir novas infra-estruturas nos diferentes pontos onde tem suas instalações, nomeadamente na cidade de Maputo e nas províncias de Inhambane, Manica e Zambézia com a finalidade de oferecer melhores condições de ensino e aprendizagem.
A medida está inserida no Plano Estratégico (2010-2014) daquela instituição do ensino superior cujo objectivo é ampliar o espaço de trabalho, estudo, lazer, assim como residências estudantis para dar resposta à crescente procura dos seus serviços, bem como garantir a qualidade do ensino e investigação.
Nos últimos quatro anos foram construídas novas infra-estruturas, de entre elas, o edifício onde funciona a Reitoria, Clínica Universitária, edifício das Ciências Biológicas, salas de aulas para a Escola Superior de Ciências Marinhas e Costeiras de Quelimane.
Foram ainda reabilitados o centro de Biotecnologia, o edifício da Faculdade de Agronomia, Faculdade de Letras e Ciências Sociais, Residência 1 (Self), e apetrechado o Departamento de Geologia da Faculdade de Ciências.
Os trabalhos no Departamento de Geologia consistiram na modernização das instalações, montagem de novo mobiliário de escritório, salas de aula e material de ensino-aprendizagem e colocação de computadores nos Laboratórios de Sistemas de Informação Geográfica.
Já o Centro Florestal de Machipanda, localizado na Província de Manica, beneficiou duma reabilitação e ampliação. O Centro terá como primazia a recepção de estudantes em estágio.
Na zona sul do país, concretamente na província de Inhambane, decorrem obras de construção da Escola Superior de Inhambane, as quais deverão ser usadas a partir do próximo mês de Julho de 2015.
Estão ainda em curso as obras de construção de raiz do segundo Complexo Pedagógico, constituído por 20 salas de aulas, um auditório com 450 lugares, sala de exposição, entre outros serviços. Paralelamente a esta iniciativa, estão também em construção 16 novas salas de aulas e outros serviços complementares da Faculdade de Educação.
Segundo o arquitecto Vicente Joaquim, director de Infra-estruturas e Manutenção da UEM, as duas obras vão aliviar à falta de espaço que se faz sentir nos últimos tempos no Campus Universitário da “Eduardo Mondlane” causada pelo aumento de número de admissões naquela antiga e maior universidade pública do país.
Vicente Joaquim adiantou que as infra-estruturas começarão a ser usada no decurso deste ano.
CLÍNICA UNIVERSITÁRIA
ABRE NESTE 2015
A clínica universitária da UEM, cuja abertura estava prevista para o segundo semestre de ano de 2014, só deverá entrar em funcionamento este ano. De referir que já foi seleccionado o fornecedor do equipamento, saído do concurso público lançado pela Universidade.
As obras de construção daquela infra-estrutura findaram nos princípios do ano passado. Numa primeira fase, a clínica providenciará triagem de casos primários junto à comunidade universitária, funcionários e seus familiares.
SELF REABRE E R5
VAI A REABILITAÇÃO
A Residência 1 (SELF) voltará a receber os inquilinos a partir do presente ano lectivo depois de longos meses de reabilitação. Mesma sorte deverá ter a Residência Cinco (R5) cujas obras arrancam brevemente.
Falando sobre estas obras, o arquitecto Vicente Joaquim disse que há probabilidade de se encerrar o edifício e os seus ocupantes serem realojados noutras residências da universidade sem, contudo, condicionar as admissões nos internatos dos novos inquilinos.
O que nós queremos é ter infra-estruturas que ajudem o estudante a desenvolver os seus conhecimentos,capacidades e habilidades, disse.
CAMPUS PARA
NOVAS ESCOLAS
As obras de construção do Campus da Escola Superior de Negócios e Empreendedorismo de Chibuto, Província de Gaza, com capacidade para 3 mil estudantes, deverão arrancar também neste 2015.
O campus, que se estende numa área de 20 hectares, terá diferentes infra-estruturas de ensino, desde biblioteca, salas de aulas, Lar de Estudantes com capacidade para acomodar 200 pessoas, entre outras. Perspectiva-se que as obras venham a custar cerca de 8 milhões de dólares.
A escola funciona desde 2009 e tem vindo a crescer em termos de estudantes e corpo docente e já não responde à demanda uma vez que quando foi aberta tinha 15 docentes, todos com nível de licenciatura. Agora conta com 50 docentes, dos quais alguns são licenciados, outros mestres e doutores.
ESCOLA SUPERIOR
DE VILANKULO
A Universidade Eduardo Mondlane está também a edificar o Campus da Escola Superior de Desenvolvimento Rural de Vilankulo, cujo término está previsto para Julho deste ano. As obras que foram iniciadas em Maio passado estão orçadas em 229 milhões de meticais financiadas pelo Orçamento do Estado.
O futuro Campus daquela escola está a ser erguido numa área de 12.7 hectares, no bairro 5 Congresso, e contemplam bloco de sala de aulas, administrativo, anfiteatro e o internato com a capacidade para albergar 300 estudantes, uma estufa, sala de frio, armazém para maquinaria, para além de laboratórios básicos para os diferentes cursos leccionados naquele estabelecimento.
Actualmente, aquela escola desenvolve as suas actividades partilhando espaço com a Escola Secundaria de Vilankulo.
ACESSO NO CAMPUS
A circulação de viaturas no Campus da Universidade Eduardo Mondlane poderá obedecer a novas regras, tudo porque nos últimos tempos tem se registado roubos de viaturas dentro daquele recinto.
Para fazer face a esta situação, foram montadas duas cancelas nas entradas do campus e distribuídos cartões aos estudantes, funcionários e docentes. Para os visitantes, a Universidade Eduardo Mondlane vai emitir senhas cujo portador só poderá sair da universidade pela cancela onde recebeu.
O cartão que vai permitir a circulação dos funcionários, estudantes, docentes, entre outros da universidade estará a venda, a sua periodicidade será entre semestral ou anual, explicou.
Fotos de Carlos Uqueio
Abibo Selemane
habsulei@gmail.com