A Universidade Eduardo Mondlane (UEM) vai construir nos próximos tempos novas instalações do Arquivo Histórico, de forma a resgatar a imagem daquele centro de documentação e investigação. A infra-estrutura será erguida no Campus Universitário daquela instituição pública do ensino superior.
Actualmente, o Arquivo Histórico funciona em dois estabelecimentos separados, sendo um na baixa da cidade de Maputo e o outro no Campus Universitário. Ambos estão a ficar sem capacidade para suportar a demanda, facto que não deixa satisfeita a Reitoria da UEM.
Ainda não há data exacta sobre início de obras da nova infra-estrutura, visto que ainda não foi canalizado o seu financiamento, mas perspectiva-se que a sua execução poderá custar cerca de 15 milhões de dólares.
Para fazer a face à situação actual, a UEM está a construir depósitos para conservação dos seus documentos, sendo que o primeiro foi construído ano passado, 2015, e outro será construído a partir do próximo mês de Agosto.
A UEM projecta ainda iniciar no próximo ano, 2017, várias obras de construção de infra-estruturas, com maior destaque para anfiteatro e complexo desportivo.
Dados disponíveis indicam que no próximo ano vão iniciar as obras de construção de salas de aulas no departamento de Geologia, na Faculdade de Ciências. As mesmas terão a duração de dois anos, e estão orçadas em cerca de 11 milhões de dólares norte americanos, disponibilizados pelo Banco Africano de Desenvolvimento. Neste momento o sector está a preparar o caderno de encargo.
No mesmo período serão executadas as obras de construção de um complexo pedagógico na faculdade de Veterinária, o qual servirá também à Faculdade de Engenharia. O edifício será de três pisos, constituído por 18 salas de aulas, um anfiteatro para 500 lugares, entre vários serviços. Alguns espaços do complexo estarão destinados para o funcionamento do Centro de Pesquisa de Petróleo e Gás da Faculdade de Engenharia.
Ainda no próximo vai arrancar a primeira fase das obras de construção do Complexo Desportivo, que compreenderá a construção de uma piscina olímpica, campo polivalente, um campo de ténis, um pavilhão para desporto de combate, modernização do pavilhão multiuso, para além de salas de aulas e gabinete para docentes.
O Reitor da universidade, Orlando Quilambo, disse, há dias, durante o seu informe que num contexto de escassez de recursos, a manutenção e construção de infra-estruturas representa um desafio enorme, em particular, para instituições públicas do ensino superior.
Conscientes deste momento adverso, temos envidado esforços visando a captação de fundos que permitam o desenvolvimento da nossa planta física. As estratégias consideradas incluem o estabelecimento de parcerias publico-privadas e o desenvolvimento de mecanismos que permitam aumentar as receitas próprias,referiu.
Falando sobre suas realizações Quilambo, apontou a conclusão da construção da clínica universitária, 11 salas de aulas e gabinetes para a Faculdade de Educação, anfiteatro e sanitários para a Escola Superior de Ciências Marinhas e Costeiras de Quelimane, entre outros.
Contudo, domingo sabe que ainda não há fundos para a execução das obras de construção do campus da Escola Superior de Negócios e Empreendedorismo de Chibuto, em Gaza. A escola possui um terreno, uma área de 20 hectares onde se pretende construir novas instalações, visto que as actuais afiguram-se inadequadas e com grandes limitações de espaço.
Abibo Selemane
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