O Conselho Universitário da Universidade Eduardo Mondlane (UEM) aprovou na sua última sessão a nova Visão, Missão, Valores e Lema com vista a orientar os seus anseios de ser uma universidade que dá primazia ao ensino, mas também reforça a investigação como estratégia fundamental para a resolução dos problemas das sociedades em resposta à actual dinâmica do mundo.
A nova visão pretende que a UEM seja “uma universidade de referência nacional, regional e internacional na produção e disseminação de conhecimento científico e na inovação, destacando a investigação como alicerce dos processos de ensino-aprendizagem e extensão”.
A missão aprovada orienta a instituição a “produzir e disseminar conhecimento científico e promover a inovação através da investigação como fundamento dos processos de ensino-aprendizagem e extensão, educando as gerações com valores humanísticos de modo a enfrentarem os desafios contemporâneos em prol do desenvolvimento da sociedade”.
A afirmação da nova identidade da UEM como universidade orientada para a investigação científica radica do contexto de expansão, diversificação e diferenciação funcional do subsistema de ensino superior e da necessidade de maior especialização.
Sustentam a nova Visão e Missão da UEM uma série de valores, nomeadamente liberdade académica; autonomia institucional; colegialidade; engajamento social e comunitário; indagação independente e confiança; compromisso nacional e internacional; ética e deontologia profissional; criatividade; internacionalização e unidade na diversidade/inclusividade.
O Coordenador da Comissão que trabalhou na Revisão da Visão e Missão da UEM, Prof. Doutor Patrício Langa, disse à nossa Reportagem que este é o culminar de um trabalho árduo que iniciou com auscultação a vários especialistas nacionais e estrangeiros, com vista a encontrar resposta para os novos desafios a que a instituição se coloca.
“Durante um ano a comissão fez um trabalho de auscultação nos diferentes actores da UEM, e não só, sobre que tipo de universidade se pretende no futuro. Convidamos especialistas de outros países para um seminário sobre a matéria. Visitamos algumas universidades de países como África do Sul, Quénia, Brasil, Portugal, que têm o nível de investigação muito elevado. Pretendemos mudar um pouco a morfologia da instituição, no sentido de tornar a investigação a cara da universidade”, disse Langa.