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Troço Matola-Maputo vai beneficiar de ampliação

Por admin

O troço da Estrada Nacional Número Quatro (EN4), compreendendo as autarquias da Matola e Maputo, vai beneficiar de obras de ampliação, passando das actuais quatro para seis faixas de rodagem.

Numa extensão de 12 quilómetros, o projecto, que se enquadra num conjunto de medidas para facilitar a mobilidade e acessibilidade entre as duas cidades, vai ser levado a cabo pela concessionária TRAC (Trans African Concessions).

Tal como explicou Fenias Mazive, da TRAC, o processo de ampliação vai abranger o troço correspondente entre o semáforo da zona do “Shoprite”, na Matola, e o Hospital Geral José Macamo, na cidade de Maputo.

Mazive ajuntou que se trata de um troço de ligação “extremamente importante”, visto que, com o aumento do parque automóvel, o volume de tráfego cresceu de forma exponencial entre as duas cidades urbanas.

Sabe-se que, este trabalho, não vai se afigurar facilitado, visto que muitas áreas de reserva de estrada que haviam sido definidas em 2000, quando TRAC passou à gestão da rodovia, foram gradualmente sendo ocupadas pelas populações.

Face à esta intervenção naquele troço da EN4, as pontes aéreas para peões, num total de quatro, irão igualmente sofrer um alargamento, cujo material será importado.

VANDALISMO QUE ARREPIA

Os actos de vandalismo estão a levar a concessionária TRAC à beira de um “ataque de nervos”, com as populações a cometerem as mais arrepiantes práticas de sabotagem do material de sinalização rodoviária na EN4.

Dos sistemas de semaforização, as pessoas têm vindo a retirar componentes eléctricos, facto que obriga a concessionária a ter que investir na reposição de equipamentos.

Vezes sem conta, conforme explicou a fonte, automobilistas, que nalguns casos dirigem embriagados, têm vindo a destruir postes de iluminação ao longo daquela via rodoviária.

A título de exemplo, no semáforo do “Shoprite”, um camião-cavalo que seguia em direcção à África do Sul, envolveu-se num acidente rodoviário, tendo se precipitado para o poste de sinalização arrancando os respectivos cabos de alimentação.

As barreiras metálicas, igualmente, não escapam do desejo da população. Cena mais caricata registou-se na zona do desvio para a vila da Moamba, onde haviam sido colocadas barreiras metálicas para a separação das vias, mas as populações retiraram-nas para usar como vedação de currais de gado.

FUGIR DAS BÁSCULAS

Escapar-se do sistema de controlo de peso de camiões de carga tornou-se num “espectáculo” que os concessionários da EN4 têm vindo a registar com elevada preocupação.

O excesso de carga há muito que vem sendo protagonizado por camionistas, facto que está a contribuir para a degradação do piso daquela via rodoviária, mormente entre a entrada da Moamba e “Malhampsuene”, na Matola, que é identificada como sendo a “secção 17”.

Fenias Mazive ressalvou que o piso daquela via foi construído para um determinado limite de peso, mas os camionistas levam a cabo movimentos para evitar o sistema de controlo de carga na báscula da Matola.

A via preferida para fugir à báscula é a que liga o “Malhampswene” e o Bairro da Liberdade, artéria que foi reabilitada em 2006 e que o processo de degradação poderá ser precipitado.

Segundo revelou a nossa fonte, os camionistas percorrem pelas vias alternativas à EN4, apesar das elevadas distâncias, com o objectivo de “escapar” do controlo de báscula instalado na zona da “Texlom”.

Como medida para tentar estancar o elevado índice de degradação da “secção 17” da via, a TRAC está a finalizar o processo para a instalação de uma nova báscula na EN4, concretamente há 18 quilómetros do cruzamento para a vila da Moamba.

Mazive comentou que a província de Maputo em geral necessita da criação de uma extensiva rede de básculas para conter o índice de degradação das estradas, devido ao excesso de peso.

 

Benjamim Wilson

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