- Joaquim Chissano, antigo Presidente da República
O antigo Presidente da República Joaquim Chissano falando em seu nome pessoal e dos combatentes da Luta de Libertação Nacional apela à sociedade moçambicana, sobretudo os jovens, a abdicarem de manifestações violentas e aguardarem pelo anúncio e validação dos resultados eleitorais de 9 de Outubro pelo Conselho Constitucional (CC).
Numa mensagem dirigida aos moçambicanos, sobretudo aos jovens, Joaquim Chissano sublinha: “Há que normalizar a vida. Há uns que protestam, têm o direito de protestar. Os que querem trabalhar têm o direito de trabalhar…. Há muitas pessoas que vivem do que ganham no dia-a-dia e as suas famílias alimentam-se dessa receita, por magra que seja. É desumano privar o seu compatriota do direito de trabalhar quando a sua sobrevivência depende disso”.
Explicou que, segundo as regras do Estado moçambicano, os resultados das eleições só são finais quando o CC, com toda a isenção, os anuncia. “Antes disso, todos os concorrentes têm o direito de reclamar e de exigir a anulação de irregularidades trazendo provas junto da Comissão Nacional de Eleições e, em última análise, do CC”, destacou.
Sublinhou que os órgãos eleitorais são constituídos por profissionais competentes e qualificados e devem agir como tal. “No nosso país, nenhum titular de órgão eleitoral ou “Constitucional” deve obediência à outra entidade… deve recusar pressões de qualquer candidato ou de seu partido ou de familiares”, frisou.
Disse que as recentes eleições acontecem num período economicamente difícil. “Há uma crise na economia mundial e a nossa é frágil, sofre mais. A nossa população aumenta a um ritmo muito elevado e não conseguimos criar escolas com condições, nem dar assistência médica condigna aos concidadãos. A pobreza aumentou de forma visível, não há que negar”, referiu. Leia mais…