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SULEMANE COLETA, DESIGN GRÁFICO, HÁ TRÊS ANOS : Tudo o que sou devo-o à minha avó

Por Idnórcio Muchanga

Um dos rostos desta semana ansiava em ser jogador profissional de futebol. Vendeu água no mercado de Xipamanine, em Maputo, para custear as despesas da escola. Chama-se Sulemane Ayuba Coleta, filho de Elisa Libande, empregada doméstica na África do Sul, e Ayuba Coleta, já falecido. Nascido em Durban,cresceu no bairro de Chamanculo aos cuidados da avó, Isabel Libande.

Como foi a sua infância?

A minha infância foi igual à de outras crianças de bairros suburbanos. Quando pequeno eu e o meu irmão vendíamos água no mercado Xipamanine para podermos ter dinheiro para custear despesas de transporte, material escolar, lanche, entre outras necessidades escolares. Fazíamos tudo isto para não estarmos constantemente a pedir dinheiro à nossa avó, que já nos criava com muito sacrifício.

O cenário começou a melhorar quando estava a frequentar 11.ª classe, ao ser solicitado no bairro, pelos pais e encarregados de educação, para dar explicação a alunos da primeira à décima classes. Foi assim durante cinco anos e, à noite, frequentava o curso de inglês.

Como era a relação com a sua avó?

Saudável. Ela deu duro por mim. Devo tudo a ela. Estou-lhe tremendamente grata. Sempre auxiliou-me na tomada de decisões, tanto que me aconselhou a desistir do futebol, modalidade que me completava, por ela achar que não teria futuro.

Texto de Idnórcio Muchanga
idnórcio.muchanga@snoticias.co.mz


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