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Seca causa desemprego nas plantações de bananas

Por admin

A falta de chuva que se faz sentir, desde o ano passado, nas regiões sul e centro do país, já deixou no desemprego mais de 30 por cento dos funcionários que estavam afectos às diferentes empresas de produção e distribuição de banana, no distrito de Namaacha, Província de Maputo.

Segundo a directora distrital
dos serviços de
actividades económicas
de Namaacha, Arlete
Macuácua, trata-
-se de trabalhadores que viram
os seus contratos não renovados
alegadamente por falta de
condições para a produção.
Neste momento o distrito
conta com 12 empresas que se
dedicam ao cultivo e distribuição
de banana.
Num passado recente, estas
empresas empregavam centenas
de moçambicanos, distribuídos
por vários sectores
como de produção, secagem,transporte, entre outros.

Em condições normais, os
seus campos são irrigados a
partir da água dos rios que
atravessam aquele distrito.
Mas essas fontes estão praticamente
secas devido à escassez
de chuvas.
Esta realidade leva a que
várias famílias fiquem na penúria,
pois dados fornecidos
no mês de Fevereiro do corrente
ano, pelos produtores ao governo
local, num encontro cujo
objectivo era avaliar o estágio
actual do impacto da falta de
chuva naquele ponto do país,
dão conta que 30 por cento dos
cidadãos, que ganhavam o seu
pão naquelas empresas, está
fora do emprego.
A queda da produção e
consequente redução do rendimento
foi avançado pelos referidos
empresários como factor
para adopção de tais medidas.
Lamentando, os responsáveis
das empresas contaram,
na ocasião, que o fenómeno
deixou prejuízos financeiros
incalculáveis e que dificilmente
poderão ser recuperados.
Para agravar a situação do
lado dos trabalhadores, não
existe previsão sobre quando
poderão ser readmitidos, uma
vez que a época chuvosa terminou
e neste momento não há
fonte alternativa para garantir
a actividade e, por aquelas
bandas, ninguém tem comida
nos celeiros para se sustentar
nos próximos tempos. A chuva
só voltará a cair a partir do
próximo mês de Outubro.

TENTATIVAS DE
SUPERAÇÃO

A directora distrital dos
serviços de Actividades Económicas
daquele distrito, Arlete
Macuácua, disse que, depois de
ouvir as preocupações dos responsáveis
das empresas, a sua
direcção sugeriu-lhes que arranjassem
outros mecanismos de
resolução do problema, de forma
a pararem com os despedimentos
de funcionários.
Arlete Macuácua apontou,
entretanto, que alguns responsáveis
responderam positivamente
ao seu pedido.
“A nossa mensagem foi
sempre no sentido de se evitar
despedimento de trabalhadores.
Admitimos, em caso
de necessidade, que se tome
como medida o corte ou redução
de alguns subsídios, como
o de horas extras, a título de
exemplo. Mas podemos nos
dar por satisfeitos porque uma
empresa acatou com o nosso
pedido, não obstante o facto
de a albufeira se manter com
níveis muito baixos”, disse.
Nos próximos tempos, conforme
referiu, a sua direcção voltará
a sentar-se com os produtores
para reavaliar o impacto da falta
chuva, para além de monitorar a
questão dos despedimentos.
Os produtores, por seu turno,
têm se desdobrado de forma a
driblar a crise de água, estendendo
o raio de captação para
mais de 500 ou 600 metros.
“Maior parte destas empresas
foi obrigada a fazer novos
investimentos para construir
novas condutas de água
e/ou criar outros pontos de
captação, como medida para
garantir a produção.”

Abibo Selemane
abibo.sulemane@snoticicas.co.mz

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