Dois indivíduos foram condenados pelo Tribunal Judicial da Província de Cabo Delgado, há dias, à pena de 20 anos de prisão por envolvimento no abate de um leão pertencente à Reserva Especial do Niassa.
Dados colhidos pelo domingo indicam que os dois cidadãos são naturais do distrito de Mueda e envolviam-se no crime de abate sem licença de espécies proibidas da fauna bravia.
O abate era feito com recurso a armadilhas mecânicas, uma acção punível com uma moldura penal de 12 a 16 anos de prisão.
Pesaram como circunstâncias agravantes o crime de associação para delinquir, pelo qual foram também condenados, cuja moldura penal é de 2 a 8 anos.
Destaque-se que os condenados foram surpreendidos no interior da Reserva Especial do Niassa, a 25 de Julho passado, após terem abatido um leão adulto com recurso a uma armadilha mecânica feita com cabos de aço.
Ao se aperceberem da presença dos fiscais no local onde o leão havia sido capturado, os caçadores furtivos tentaram fugir, mas acabaram interceptados por dois fiscais daquela área de conservação.
No local onde o leão foi abatido, os condenados haviam montado mais 11 armadilhas, tendo uma delas sido atirada para a mata no momento da fuga.
Durante o julgamento os condenados tentaram negar o seu envolvimento, mas provas recolhidas no local dos factos levaram a esta sentença.