O posto administrativo de Catuane é o ponto mais extremo do sudoeste do distrito de Matutuíne, na província de Maputo, que faz fronteira com a província sulafricana de Kwazulu Natal, a sul, e com Eswatini, a oeste. Está no extremo sul do país, oposto à localidade de Ponta de Ouro, cuja dinâmica social e económica tem o seu fulcro no turismo.
Dista 158 quilómetros da cidade de Maputo e é uma referência quase anónima no que à agro-pecuária diz respeito, pois possui um efectivo de 24 mil cabeças de gado bovino e uma produção mensal de 28 toneladas de carne. Em termos de grandes operadores agro-pecuários conta com 13, os quais absorvem cerca de 600 trabalhadores locais.
Os restantes residentes daquela área, num universo de perto de sete mil pessoas, são pequenos e médios produtores, alguns comerciantes e prestadores e serviços, assim como funcionários públicos que se distribuem pela sede do posto administrativo e pelas localidades de Phazimane e Manhangane.
Apesar da sua riqueza, Catuane enferma de um velho problema: vias de acesso. A terra é lamacenta, o que propicia a obstrução das estradas, sobretudo na época chuvosa. Por essa razão, a manutenção deve ser feita trimestralmente.
Ao que apurámos, a empresa Três-Rios Agricultura, uma das maiores em Catuane, tem apoiado a manutenção rotineira das principais vias, que são de terra batida.
Dada a sua localização, próximo à fronteira com a província sul-africana de Kwazulu Natal, a população local fala a língua zulu e swati, relegando o português.
Apesar da sede da vila possuir energia eléctrica e água 24 horas por dia, ainda existem povoados que não têm acesso a estes recursos, como Malachote e Maduvula 1.
No que diz respeito à agricultura, além da produção familiar, possui também a de grande escala, onde se destacam operadores como a TrêsRios Agricultura, Jantinho, Agro-Terra Esperança, todos de capitais sul-africanos.
No que concerne a produção de tomate, Catuane é o maior fornecedor em épocas de crise, que rotineiramente afectam a cidade de Maputo. Leia mais…
