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Profissões da economia azul carecem de valorização

Por Jornal domingo

O Presidente do Conselho de Administração (PCA) do Fundo de Desenvolvimento da Economia Azul (ProAzul, FP), João de Barros, entende que há necessidade de se valorizar e formalizar as profissões ligadas à Economia Azul que são desenvolvidas por moçambicanos, de diferentes faixas etárias e sexos e que movimentam somas de dinheiro, “porém não são contabilizadas nas receitas do Estado”.

Falando hoje, num seminário realizado na FACIM, sobre as profissões azuis como pressuposto de viabilização da Estratégia da Economia Azul (EDEA) em Moçambique, João de Barros disse que existem profissões azuis tradicionais que até exigem formação académica, “mas temos aquelas que se desenvolvem todos os dias, sobretudo na zona costeira”.

A título de exemplo, indicou a apanha de ameijoas, caranguejo e mexilhões, que geralmente é exercida por mulheres, que posteriomente vendem e neste processo envolve uma grande cadeia de serviços como o processamento, transporte até a comercialização informal.

Adiante, acrescentou que no turismo existem redes de guias turísticos e outras actividades económicas que até ao momento são desenvolvidas de forma dispersa, mas que por mecanismos próprios poderiam contribuir no produto interno bruto.

A uma pergunta sobre como é que as mulheres daquele sector, com muito baixo rendimento na sua actividade, podem contribuir para as receitas do Estado, Barros disse que o aumento dos rendimentos pode derivar da regularizaçao da sua actividade e a adesão ao licenciamento da pesca e aquacultura, por exemplo.

“A partir daí poderão aceder às inúmeras oportunidades de financiamento oferecidas pelo Governo”, sublinhou.

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