“Queremos que se preparem para assistir às populações na mitigação de quaisquer contingências, em caso de necessidade, como sejam surtos de doenças, inundações, ciclones, entre outras adiversidades, que tem assolado o nosso país”, disse o Presidente da República, Filipe Nyusi.
Este pronunciamento foi feito na sexta-feira passada por ocasião do encerramento do oitavo curso de Oficiais das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM), na Academia Militar “Marechal Samora Machel”, na cidade de Nampula.
Segundo o Chefe de Estado, as FADM, porque amam o seu povo devem continuar a cumprir missões de apoio humanitário que minimizem o sofrimento durante as cíclicas calamidades naturais que têm afectado no nosso país.
Disse ainda que no quadro da solidariedade que sempre caracterizou o povo moçambicano, devem manter-se sempre preparadas para cumprir missões de apoio à paz e assistência humanitária fora do território nacional, sob a égide das Nações Unidas ou da União Africana, ou integrando a Força em Estado de Alerta da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).
Mas, voltando às acções que devem ser levadas a cabo pelas Forças Armadas, o Presidente Filipe Nyusi disse que a preservação da paz, da estabilidade e da democracia no nosso país não tem preço, como também não há recursos que cheguem para compensar o sacrifício consentido pelos jovens de 25 de Setembro, sacrifício também dos que até hoje mantem erguida a pátria moçambicana.
“Às Forças Armadas, impõe-se que defendam estas conquistas, firmes na sua missão constitucionalmente consagrada de manter invioláveis a soberania e integridade territorial do nosso país”, disse.
Segundo o Chefe de Estado, é necessário que continuem a não permitir que os nossos valores nobres de unidade nacional, de Estado de Direito, os nossos recursos naturais e culturais, bem como o nosso desenvolvimento económico sejam postos em causa por quem quer que seja.
Filipe Nyusi fez também um aceno àquela academia ao afirmar que a mesma “é uma escola de profissionalismo e patriotismo de excelência. Os jovens aqui graduados têm constituído um motivo de orgulho, pela forma exemplar, como se têm inserido nas suas unidades e subunidades militares”.
Disse que a estes jovens cabe a grande responsabilidade de aliar os conhecimentos teóricos às actividades práticas nas subunidades e que devem perpetuar esta tradição, traduzindo em actos concretos o que aprenderam no cumprimento das missões das FADM.
“Não cansaremos de apelar à Academia Militar para continuar a inovar e aprimorar os processos de ensino e aprendizagem, incutindo valências e atitudes que devem servir de alavanca na formação integral dos estudantes”, sublinhou.
É que, o país precisa que as acções de formação sejam cada vez mais qualitativas, sem comprometer a quantidade e sem se distanciar da realidade nacional. “Munidos de espírito investigativo, os docentes e estudantes devem procurar soluções para os problemas da própria Academia Militar das FADM e do povo”.