A Autoridade Nacional Reguladora de Medicamentos (ANARME) apreendeu, nos últimos dois anos, mais de 50 milhões de unidades de diferentes tipos de produtos farmacêuticos, parte dos quais se encontravam à venda e outros armazenados em estabelecimentos comerciais, empresas importadoras e farmácias.
Trata-se de produtos introduzidos no país ilegalmente e, só nos primeiros oito meses deste ano, foram incineradas cerca de 14 milhões de unidades, recolhidas pelas equipas de inspecção nas províncias de Maputo, Gaza, Inhambane, Manica e cidade de Maputo.
Em entrevista concedida pelo porta-voz da ANARME, Cassiano João, soubemos que, pelo menos, cinco empresas importadoras de medicamentos foram encerradas por várias infracções.
Nas linhas que se seguem, apresentamos os principais excertos da extensa entrevista.
Que avaliação faz do processo de importação de medicamentos?
A ANARME foi criada para proteger a saúde pública face ao uso de produtos farmacêuticos e, entre as suas atribuições, inclui a regulamentação e o licenciamento de entidades envolvida na produção, distribuição e a venda de produtos farmacêuticos. Todos os produtos importados passam por uma avaliação rigorosa e científica para verificar se oferecem segurança aos consumidores. Antes da importação, o empresário deve solicitar autorização à ANARME. Entretanto, as farmácias e unidades sanitárias não importam medicamentos. Leia mais…