O Governo está a investir cerca de 11 milhões e 400 mil Meticais na construção de uma unidade industrial que vai processar a chamada “Pedra da Namaacha” (lascas de rotílio), bastante usada para fins ornamentais na construção civil.
Até ao momento, aquele material é extraído pela Associação de Produtores de Pedra da Namaacha (AEXPLONA) em duas minas, nomeadamente Mubecuane e Pure Stonemas, que deverão ser organizadas em cooperativas que vão beneficiar de treinamento em gestão e apoio em material de trabalho e protecção.
“Nesta semana iremos lançar o concurso para a contratação da empresa que vai construir a unidade fabril. O objectivo deste projecto é empoderar os produtores artesanais para que saiam da extracção artesanal para uma pequena indústria”, disse Castro Elias, secretário-executivo da Unidade de Gestão do Processo Kimberley.
Aqueles produtores vendem as placas entre 180 a 200 Meticais por metro quadrado (m²) quando, depois de polidas e devidamente cortadas, podem ser vendidas a um mínimo de 800 Meticais por m².
“Dos estudos de viabilidade feitos, constatou-se que Namaacha alberga uma das maiores reservas nacionais de lascas de rotílio e que existem empresas de construção civil interessadas em adquirir o material, inclusive no vizinho reino de Eswatini”, frisou.
No plano feito pelo Governo, aqueles produtores deverão beneficiar de um acompanhamento de dois anos, período no qual deverão consolidar os seus conhecimentos sobre a gestão da cooperativa, questões bancárias, contabilidade, salário, entre outros custos.
“Temos um projecto similar em Cabo Delgado, que deverá ser implementado a partir do próximo ano, o qual está voltado para o processamento de granadas que a população extrai em quantidades elevadas, mas, por falta de capacidade de processamento, vendem a preço de oferta”, sublinhou.
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