- Como provadores e apreciadores avaliam a qualidade da bebida
TEXTO DE HERCÍLIA MARRENGULE
Usam os seus sentidos para identificar sabores, aromas e texturas. O olfato, o paladar e a visão devem estar apurados para se chegar ao ponto ideal. Descrevem as sensações, recorrendo a um vocábulo específico. São provadores de bebidas alcoólicas. Um ofício singular que exige dedicação, concentração, foco… em nome da qualidade suprema do produto.
Avaliam o corpo, os ésteres… tudo o que as máquinas não podem detectar. Intervêm em qualquer suspeita de desvio de qualidade. Para o efeito, há regras, como se de um ritual se tratasse: não podem comer uma hora antes, não podem usar perfume porque pode desviar odores do essencial e deturpar a avaliação. E, acima de tudo, devem estar física e mentalmente bem.
Tudo é preparado ao detalhe. O processo é feito numa sala climatizada. As amostras, a uma temperatura de oito graus, são servidas em copos de vidro de 50 mililitros. Trinta minutos é o tempo que levam, diariamente, para avaliar até oito lotes diferentes de uma das maiores marcas de cerveja do país.
O objectivo é comparar o sabor, o cheiro e a densidade a um guião, que deve ser seguido ao pé da letra, o perfil de cada marca. O exercício demanda atenção particular aos pormenores. O olfato permite identificar aromas subtis. O paladar avalia a amargura, acidez… e a visão a aparência, a cor, a efervescência… Leia mais…